No princípio foi assim: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”. E sem maiores delongas, por força de ilustração desta crônica, digamos que tudo aconteceu exatamente como está nas Escrituras Sagradas, sem levarmos em conta eventual simbologia.
Continuando a célere marcha do tempo, já no ano de 1957 da Era Cristã, ele veio ao mundo: um mundo conturbado, vítima de duas grandes guerras mundiais, incontáveis catástrofes naturais e provocadas pelo homem – esse animal (ir)racional – enfim, um mundo bem diferente: final dos tempos para muitos!
Vinte anos depois, em 1977 – adulto já – nem percebeu estar vivendo a conjugação do verbo: um verbo neológico, muito raramente usado, o verbo vintar, certamente o mais belo, não pela eufonia, mas por dizer respeito à fase mais bonita e viçosa da existência humana, onde sonhos e incertezas andam pari passu.
Em 1987, ele trintou. Tinha, por certo, plena consciência do que era ser um convicto trintenário. Na ocasião, tentou fazer um poema para homenagear a si mesmo. Mas esbarrou na tentativa. Ou melhor, ainda escreveu uma mensagem rememorativa, dizendo-se feliz por aquele momento estar acontecendo.
À luz das constatações biológicas, recordou que o envelhecimento dos tecidos e a diminuição gradativa das forças musculares seriam, doravante, inevitáveis e visíveis. Nada, entretanto, que o perturbasse: ele se sentia mais maduro, mais sereno, mais produtivo e jovem de espírito, não sentindo – ainda – o peso cumulativo dalguns janeiros.
Estamos no ano de 1997, mês de outubro, dia 24. Ele é pai de uma menina de ano e meio. Fez algumas coisas certas e outras tantas que nem frutificaram. Bem mais maduro, continua poeta sonhador, embora “as pedras do caminho” o tenham tornado mais crítico, mais consciente, por isso mesmo, vibrando mais com as vitórias e das intempéries retirando lições.
E o Verbo, lembra-se do Verbo que se fez carne? Pois bem! Os anos, aliás, os numerais arábicos cardinais, denotando contagem natalícia, que se fizeram os verbos vintar e trintar, continuam, diferentemente do início das eras, a mudar de função sintática, assim: “A carne se fez verbo e habita em mim: quarentei!”.
Continuando a célere marcha do tempo, já no ano de 1957 da Era Cristã, ele veio ao mundo: um mundo conturbado, vítima de duas grandes guerras mundiais, incontáveis catástrofes naturais e provocadas pelo homem – esse animal (ir)racional – enfim, um mundo bem diferente: final dos tempos para muitos!
Vinte anos depois, em 1977 – adulto já – nem percebeu estar vivendo a conjugação do verbo: um verbo neológico, muito raramente usado, o verbo vintar, certamente o mais belo, não pela eufonia, mas por dizer respeito à fase mais bonita e viçosa da existência humana, onde sonhos e incertezas andam pari passu.
Em 1987, ele trintou. Tinha, por certo, plena consciência do que era ser um convicto trintenário. Na ocasião, tentou fazer um poema para homenagear a si mesmo. Mas esbarrou na tentativa. Ou melhor, ainda escreveu uma mensagem rememorativa, dizendo-se feliz por aquele momento estar acontecendo.
À luz das constatações biológicas, recordou que o envelhecimento dos tecidos e a diminuição gradativa das forças musculares seriam, doravante, inevitáveis e visíveis. Nada, entretanto, que o perturbasse: ele se sentia mais maduro, mais sereno, mais produtivo e jovem de espírito, não sentindo – ainda – o peso cumulativo dalguns janeiros.
Estamos no ano de 1997, mês de outubro, dia 24. Ele é pai de uma menina de ano e meio. Fez algumas coisas certas e outras tantas que nem frutificaram. Bem mais maduro, continua poeta sonhador, embora “as pedras do caminho” o tenham tornado mais crítico, mais consciente, por isso mesmo, vibrando mais com as vitórias e das intempéries retirando lições.
E o Verbo, lembra-se do Verbo que se fez carne? Pois bem! Os anos, aliás, os numerais arábicos cardinais, denotando contagem natalícia, que se fizeram os verbos vintar e trintar, continuam, diferentemente do início das eras, a mudar de função sintática, assim: “A carne se fez verbo e habita em mim: quarentei!”.