COMO UM DIA QUALQUER
                      16 DE AGOSTO DE 2005
                       Sexta-feira, seis de janeiro de 2006.
                  Escrito na agenda em 16 de agosto de 2005.
 
 
 
Não sabia se era terça ou domingo ao acordar. Celular velho serve para me situar dia e hora. To tão fora da informaçao da midia que nada é o real...
 
Eu só sinto a vida...
Levantei cantando o SIRIDÓ.
Minha garganta limpa soou a voz bonita:
O Siridó, o Siridó, o Siridóooo...! Lá, lá, lá! Lará, lará, lará, lará!
Tará, tará, tará, tará, tará, tará! O Siridó!
 
Tal um passarinho alegre e afinado, fiquei flauteando tal canção, inventando notas, tão alto e limpo, por puro prazer de viver, de acordar e ir fazendo o meu café.
 
 À noite, me dei conta que neste dezesseis de agosto o Pai faria cento e cinco anos, se fosse vivo.
 
E eu nem me lembrei dele!


Perder o pai é a orfandade sentida. Tudo perde o sentido. Parece que não se vai viver mais e tudo para.
Mas o tempo se encarrega de nos fortalecer de tal maneira, que nos surpreendemos em esquecer-se de uma data que nunca esqueceríamos. E voltamos ao normal.


Ligadas ao dia de hoje: que dia é hoje?
 
Hoje é sábado, 12/06/10, dia dos namorados.
                     Nada a ver.



"Nós já cantemos o baião e o pé de serra
E a Asa Branca que veio lá da nossa terra
Mas nós agora temos coisa bem melhor
Temos a nova dança que se chama o siridó

O Seridó? Sim, o siridó
O Seridó? Sim, o siridó

Seu Januário garra o fole e dê o dó
E vá se preparando prá tocá o Siridó
Seu Januário jogue fora o palitó
E mostre prá essa gente quanto vale o Siridó

O Seridó, o seridó, o seridó, o seridó
O Seridó, seridó, seridó!!!

Um passo à frente, dois atrás, uma vortinha
Zé Rufino toma jeito, mas respeito cá Chiquinha
Ninguém resiste o Siridó, que dança boa
Perto dela o xóte, o samba
Tudo o mais é coisa à toa
Guenta firme Januário
Vamo inté de manhãzinha

Luíz Gonzaga - Letras