O rock nosso de cada dia dai-nos hoje (?)

Como já citei em um de meus textos, a população está, com o passar do tempo, cada vez mais alienada, com pensamentos fúteis e fundados apenas em ideologia e moda. E , como pertencente a camada de adolescentes e observando de perto o que se passa na mente de cada um, dói-me dizer que são eles/nós, os adolescentes, campeões em , pode-se dizer, insanidade musical.

Ás vezes me pergunto se realmente deveria ter nascido em 1994, pois minhas idéias são um tanto retrógradas: eu curto rock! E aí você se pergunta porque não me enquadro no plano dos adolescentes “normais” se a maioria ouve rock. Mas parece que você não leu direito, eu disse que curto rock, sabe? Não, não são aqueles com franjas sobre os olhos, não. Estou falando de rock’n roll!Não, por favor, para! Não são os “coloridinhos”, eu quero que você pense em solos de guitarra, gritaria no vocal, pessoas engolindo baquetas e letras revolucionárias, com o mínimo de capacidade mental do ser – humano.

Foi essa a herança musical que nos deixaram as décadas de sessenta, setenta, oitenta e noventa. Mas e a atualidade?Deixará o que, á nível de musicalidade, para as futuras gerações? A resposta é coisa alguma.O que os jovens de hoje ouvem são letras melosas, não românticas; depressivas, não revolucionárias.São combinações de letras e melodias que dão vontade de chorar (ou, no meu caso, de vomitar), e não arrepiam, não disparam o coração e não fazem o cérebro refletir e expressar o que produz.

E tudo isso, é claro, somado á imagem. Um rostinho perfeito, um corte de cabelo bacana que prejudica a funcionalidade das córneas, e umas roupinhas de arco-íris... pronto!Aí está o centro das conversas de meio fio, escolas , esquinas e shoppings. E ainda dizem que é rock!

Ah, me economize, é revoltante, o rock nosso de cada dia dai-nos ontem, e hoje I wanna be sedated.

Lucy Van Pelt
Enviado por Lucy Van Pelt em 11/06/2010
Reeditado em 29/06/2010
Código do texto: T2314759
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