Um amor para sempre
Um amor para sempre
Era um dia como hoje, triste, melancólico. O dia que meu grande amigo, meu avô, se foi. As gotículas que escorriam pela janela, daquela tarde chuvosa e cinza, competiam com as lágrimas que escorriam pela minha face. Que saudades !
Abri a velha escrivaninha, que muitas vezes servira de apoio aos braços fortes de vovô, e uma caixinha adornada com um laço bonito, mas ligeiramente amarrotado, chamou minha atenção. Movido pela curiosidade eu a abri e encontrei inúmeras cartas, todas endereçadas a querida Vó Nina.
As letras se embaralhavam diante de meus olhos úmidos e meu coração pulsava forte a cada linha, a cada palavra. Quanto amor ! E que amor ! Um amor assim desafia o tempo e ultrapassa os liames da eternidade.
“Nina, a vida ao seu lado é um arco-íris de alegrias” – que poético o meu avô – “Nina, ainda hoje me emociono ao ouvir o som de seus passos chegando... passos que sempre ao meu encontro vem”. Duas almas, almas gêmeas, uma só sintonia de amor.
O tempo corre célere no relógio da vida. Eu nem vi chegar o anoitecer, entretido que estava naquelas confidências. Perdão, vovô, sua intimidade que ousei invadir. Mas, querido amigo, um amor assim precisa ser narrado, exaltado, vivenciado.... um amor assim... para sempre.