Amor e Ódio
Uma amiga se queixou da incerteza de seus sentimentos para com seu noivo. Ora o amava de paixão, sem poder ficar afastada; ora sentia um ódio supremo a ponto de sequer olhar ou poder pensar nele.
Um Psiquiatra, numa palestra, dizia que amor e ódio são dois sentimentos que têm uma linha divisória muito tênue. Facilmente balançamos de um lado para outro, e confundimos o sentimento maior, em função da fragilidade dessa linha.
Outro palestrante já definiu os dois sentimentos como irmãos siameses. Onde há um, há o outro, infalivelmente. Sou mais a favor dessa definição.
Quem nos magoa não é um estranho. Podemos não gostar da atitude desse estranho, reclamamos socialmente, mas não levamos isso para o travesseiro. Agora, se for um ser próximo, por quem curtimos um sentimento especial, um filho, um irmão, um grande amigos, ou marido e namorado, aí a “coisa” pega fundo. Não tem como ignorar e o sentimento fica afetado. Passada a mágoa, voltamos a amar, pura e simplesmente. Pensamos em justificativas para aquela atitude e pronto: Olha o amor de volta.
Ninguém é vilão o tempo todo, nem mocinho também, com certeza. Quem em criança não ouviu a mamãe falar: “Tenho um ódio quando você faz isso!”
Depois que descobri que todos somos assim, passei a ser uma pessoa muito mais tolerante. Quando o ódio quer por as manguinhas de fora, dou um croque bem dado nele para que fique no seu lugar e dou mais espaço ao amor.