Espiritualismo e novela das seis

Espiritualismo e Novela das Seis

O bom de ser cronista é poder dar pitaco em tudo e a vantagem do ficcionista é tratar a realidade com ilusão, como diria Freud, atender aos mais primitivos e íntimos desejos dos telespectadores.

Mesmo não ficcionista, fico imaginando Kardec, em outra dimensão, com urticária, vendo aqueles “espíritos globais”, tais quais cronistas, interferindo nos desígnios do Altíssimo.

A dor na vida presente, o padecimento na abundância, se traduz na infindável sensação de impotência frente a implacabilidade da morte.

O esforço de cada um, ainda que espiritualista, é cuidar da vida atual, vivenciando com intensidade, dignidade e respeito seus diversos momentos, buscando sempre a melhoria das condições históricas da existência presente, ainda que o passado, mesmo que outra vida tenha sido de penosas recordações.

O passado, outra vida, é para ser lembrada, não repetida num círculo de infindável sofrimento.

Sem se estressar tanto com cronistas e ficcionistas!!!

Joao dos Santos Leite
Enviado por Joao dos Santos Leite em 11/06/2010
Reeditado em 14/06/2010
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