Espiritualismo e novela das seis
Espiritualismo e Novela das Seis
O bom de ser cronista é poder dar pitaco em tudo e a vantagem do ficcionista é tratar a realidade com ilusão, como diria Freud, atender aos mais primitivos e íntimos desejos dos telespectadores.
Mesmo não ficcionista, fico imaginando Kardec, em outra dimensão, com urticária, vendo aqueles “espíritos globais”, tais quais cronistas, interferindo nos desígnios do Altíssimo.
A dor na vida presente, o padecimento na abundância, se traduz na infindável sensação de impotência frente a implacabilidade da morte.
O esforço de cada um, ainda que espiritualista, é cuidar da vida atual, vivenciando com intensidade, dignidade e respeito seus diversos momentos, buscando sempre a melhoria das condições históricas da existência presente, ainda que o passado, mesmo que outra vida tenha sido de penosas recordações.
O passado, outra vida, é para ser lembrada, não repetida num círculo de infindável sofrimento.
Sem se estressar tanto com cronistas e ficcionistas!!!