VIDA DE POETA
Essa vida de poeta é danada. Não sei se de boa, não sei se de ruim. Para as mulheres, não tem muita diferença não. A sensibilidade, o romantismo, a visão romântica, lírica da vida faz parte da sua essência e considerada absolutamente normal e natural para a sociedade como um todo.
Já para um homem, confesso que ainda hoje, quando me digo um homem que gosta de escrever poemas, metido a poeta, normalmente sinto os narizes se franzirem e um risinho muito discreto se fazendo no canto da boca. Verdade!!!
Diferente de se apresentar como um escritor. Daí tudo bem. Sem problemas. Mas se dizer poeta, realmente não é um hobby, ou um hábito, que seja encarado com naturalidade pela grande maioria, mormente, de outros homens, da sociedade como um todo. Principalmente se esse homem poeta tem uma profissão não ligada à arte. Se for, então, alguém cuja profissão seja, digamos, um executivo, daí mesmo que os narizes franzem de vez.
Durante muitos anos, escondi a sete chaves esse meu gosto e facilidade de escrever poemas. Durante muito tempo omiti todos os meus escritos, para que não caíssem em mãos indevidas e virassem chacota, inclusive, com aquelas insinuações de que a sensibilidade, o romantismo, o lirismo são coisas de mulherzinha, ou de maricas, para não dizer de bicha, de veado mesmo.
Mas meu maior incômodo e temores, era para com o lado profissional. Poeta é coisa de boêmio, boêmios são quase todos alcoólatras, vidas irregulares, descomprometidos com a rotina de um trabalhador normal, comum, simples mortal. Poeta não combina com um operário, com um funcionário dedicado, motivado, comprometido com o trabalho, com a carreira, que tenha ambição de crescimento profissional, etc. etc. Evidente que não penso assim, mas a sociedade pensa, ainda, e não sei por quanto tempo mais. Talvez para todo e sempre.
Assim é que até hoje ainda separo muito esse meu lado poeta (pretenso – é claro) do meu lado profissional. Apenas poucos e muito achegados pares profissionais sabem que escrevo, o que escrevo, etc. Familiar não. Tenho o maior orgulho e sinto nos meus um grande orgulho em me ter como alguém com essa tendência, essa aptidão. Com a ressalva, contudo, de que quando lêem algum poema mais acalorado, ou mais lírico, igualmente abanam as orelhas e pinta o risinho de soslaio.
Por isso, não me restou durante muitos e muitos anos, outra alternativa que não fosse escrever e mostrar a seleto e restrito grupo de pessoas os meus escritos e que por sinal foram se perdendo no caminho, salvo num rápido período que passei a escrever crônicas e artigos semanais, para publicação num Jornal da região e que mesmo me utilizado de pseudônimo, acabaram me causando embaraços profissionais e tive de declinar do hobby.
Restou dessa facilidade e habilidade nata de escrever e o prazer que me causa, o seu uso em termos profissionais o que até me trouxe muito benefícios, pois, como sempre lidei e lido com atividade ligada a área administrativa/comercial, essa facilidade de escrever muito ajudou e ainda ajuda em minha carreira.
Certamente essa sensação e essas impressões não sou somente eu que as tenho. Creio muitos outros homens poetas também as sentem ou até as sofrem. Parece irreal, mas quando alguém que não é ligado a esse meio, principalmente homens, lêem – por exemplo – um poema que tem altos valores poéticos, exatamente nos versos que encantam aqueles que apreciam essa literatura, exatamente esses versos, é que mais estranheza causa e quando mais bobagens acham.
Mas........... Não será isso que me arredará, novamente, desse regalo. Só deixarei de escrever meus poemas, quando me faltar inspiração. Se as estrelas iluminarem, as noites favorecerem e as asas começarem a bater livremente, alçarei vôo e irei pintando telas em forma de versos, compondo poemas e viajando por esse mundo romântico, lírico e emocionante da inspiração do poeta.
Essa vida de poeta é danada. Não sei se de boa, não sei se de ruim. Para as mulheres, não tem muita diferença não. A sensibilidade, o romantismo, a visão romântica, lírica da vida faz parte da sua essência e considerada absolutamente normal e natural para a sociedade como um todo.
Já para um homem, confesso que ainda hoje, quando me digo um homem que gosta de escrever poemas, metido a poeta, normalmente sinto os narizes se franzirem e um risinho muito discreto se fazendo no canto da boca. Verdade!!!
Diferente de se apresentar como um escritor. Daí tudo bem. Sem problemas. Mas se dizer poeta, realmente não é um hobby, ou um hábito, que seja encarado com naturalidade pela grande maioria, mormente, de outros homens, da sociedade como um todo. Principalmente se esse homem poeta tem uma profissão não ligada à arte. Se for, então, alguém cuja profissão seja, digamos, um executivo, daí mesmo que os narizes franzem de vez.
Durante muitos anos, escondi a sete chaves esse meu gosto e facilidade de escrever poemas. Durante muito tempo omiti todos os meus escritos, para que não caíssem em mãos indevidas e virassem chacota, inclusive, com aquelas insinuações de que a sensibilidade, o romantismo, o lirismo são coisas de mulherzinha, ou de maricas, para não dizer de bicha, de veado mesmo.
Mas meu maior incômodo e temores, era para com o lado profissional. Poeta é coisa de boêmio, boêmios são quase todos alcoólatras, vidas irregulares, descomprometidos com a rotina de um trabalhador normal, comum, simples mortal. Poeta não combina com um operário, com um funcionário dedicado, motivado, comprometido com o trabalho, com a carreira, que tenha ambição de crescimento profissional, etc. etc. Evidente que não penso assim, mas a sociedade pensa, ainda, e não sei por quanto tempo mais. Talvez para todo e sempre.
Assim é que até hoje ainda separo muito esse meu lado poeta (pretenso – é claro) do meu lado profissional. Apenas poucos e muito achegados pares profissionais sabem que escrevo, o que escrevo, etc. Familiar não. Tenho o maior orgulho e sinto nos meus um grande orgulho em me ter como alguém com essa tendência, essa aptidão. Com a ressalva, contudo, de que quando lêem algum poema mais acalorado, ou mais lírico, igualmente abanam as orelhas e pinta o risinho de soslaio.
Por isso, não me restou durante muitos e muitos anos, outra alternativa que não fosse escrever e mostrar a seleto e restrito grupo de pessoas os meus escritos e que por sinal foram se perdendo no caminho, salvo num rápido período que passei a escrever crônicas e artigos semanais, para publicação num Jornal da região e que mesmo me utilizado de pseudônimo, acabaram me causando embaraços profissionais e tive de declinar do hobby.
Restou dessa facilidade e habilidade nata de escrever e o prazer que me causa, o seu uso em termos profissionais o que até me trouxe muito benefícios, pois, como sempre lidei e lido com atividade ligada a área administrativa/comercial, essa facilidade de escrever muito ajudou e ainda ajuda em minha carreira.
Certamente essa sensação e essas impressões não sou somente eu que as tenho. Creio muitos outros homens poetas também as sentem ou até as sofrem. Parece irreal, mas quando alguém que não é ligado a esse meio, principalmente homens, lêem – por exemplo – um poema que tem altos valores poéticos, exatamente nos versos que encantam aqueles que apreciam essa literatura, exatamente esses versos, é que mais estranheza causa e quando mais bobagens acham.
Mas........... Não será isso que me arredará, novamente, desse regalo. Só deixarei de escrever meus poemas, quando me faltar inspiração. Se as estrelas iluminarem, as noites favorecerem e as asas começarem a bater livremente, alçarei vôo e irei pintando telas em forma de versos, compondo poemas e viajando por esse mundo romântico, lírico e emocionante da inspiração do poeta.