Onde há fumaça, há fogo. Texto de companheirismo e sexualidade.

Vejo os Micos fugindo da fumaça em cima dos fios na rua.

Aonde há fumaça, há fogo.

O que escrevo é sobre sexualidade, o desejo é ser companheira.

O homem precisa entender, a caída do muro, a morte de Che, não justificam os fins pelos meios.

Promiscuidade sexual é liberdade? Ou espaço para que as pessoas atropelem e façam das suas fantasias e desejos, o mais obscuro espaço do maquiavelismo das relações humanas. O lugar de sensações com ideais do prazer pelo prazer?

Vivi o tempo de Roberto Freire e tive relatos reais de pessoas na Terapia Anarquista atual somatoterapia.

Também vivi a formação da psicomotricidade relacional, por André Lapierre e as práticas corporais que contribuíram a psicologia, a educação, a terapia e a sexualidade de grupo, todas realizadas a partir da década de 80.

Têm as pessoas que amam as teorias, têm as que as odeiam, e existem as que nunca mais voltaram ao mundo real e vivem no inconsciente, alienadamente ao mundo das perguntas reais.

Aos que se transportaram e submeteram a vida, aos riscos de novas estruturas e vivencias, escrevo esse texto.

Nada se transforma sem riscos e por isso, as teorias são fundamentais ao exercício de uma nova prática de vida.

Fazer queimadas na cidade é perigoso e proibido, e cabe aos bichos se protegerem do fogo.

Mas a vida e a sexualidade, estão tomando conta demais dos Brasileiros.

As teorias servem para revolucionar os conceitos existentes e o que vemos hoje, são muitos homens e adolescentes, escrevendo em blogs inventando teorias de sexualidade, por terem vivido emoções variadas na prática, mas desconhecendo o complexo lugar da nossa estrutura e formação psicológica.

Sempre digo, “Se tem dor, você vai ao médico, se tem conflitos pessoais e emoções que não dá conta de entender um amigo, vai ao Psicólogo”.

O que tenho lido e principalmente na internet, meninos se dizendo homens, e Bambanbans da sacanagem.

Na teoria sexual e a psicologia das relações humanas, o estudo dos comportamentos afetivos e suas atitudes, realizada com a supervisão de profissionais, como citei acima, trazem alívio as suas estruturas de indivíduos fragilizados.

O apoio profissional a pessoa que não consegue entender o vivido é muito importante.

A vida do outro é preciosa, devemos cuidar das crianças, dos adultos que as cercam, e de nossa natureza humana, que precisa de nós para também existir e de muito companheirismo.

Estamos arriscando muito mais que o simples exercício das nossas fantasias sexuais. Arriscamos as estruturas e assim podemos ter nossas casas desabadas por uma péssima administração de nossas vidas.

Vamos cuidar para que o fogo não se espalhe, e que nossa estrutura de amor, amizade, respeito e carinho a todos os seres humanos perdurem.

Nosso corpo é nossa casa, nossa alma, nossa existência vai além de nossa imaginação, precisamos respeitar as diferenças e termos valores de vida.

Lucraremos com a nossa estrutura real de volta, tenho visto a morte por suicídios pela irresponsabilidade, com o ser humano revolto, perdido em seus valores, e vivendo com seu lado psicológico muito descuidado.

Devemos nos respeitar e assim contribuir mais e melhor a natureza como um todo.

Cada macaco no seu galho. E vamos fazer tudo o que diz respeito ao ouvir o outro, e fazer o que é bom para nossa vida.

Somos seres únicos, especiais. E mesmo envoltos nas teorias sociais do compartilhar e dividir, não vamos cair em precipícios ardilosos, e descuidar de nosso precioso ser.

Vamos cuidar para que no fundo da nossa alma, gritar ao dia o respeito aos valores, ideais e a diversidade.

Sim, há diferença e há igualdade.

Vamos aos projetos pessoais de entendimento do momento, somos seres responsáveis pela nossa vida, e socialmente responsáveis pelo outro.

Não quero a vida de Sodoma e Gomorra.

Desejo rever a história, refletir valores e experiências e pergunto a você, o que prefere em sua vida?

Fumaça ou o fogo?

Gisele S Lemos

Psicóloga

Rio de Janeiro, 10 de junho de 2010.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 10/06/2010
Reeditado em 10/06/2010
Código do texto: T2311660
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