Linguagem de Macaco
A linguagem de macaco, era uma linguagem falada aqui no Mato Dentro, no final do século XIX e inicio do século XX como forma de resistência cultural frente à chegada de trabalhadores britânicos e americanos nas minas de Itabira.
Usada no inicio pelos mais simples trabalhadores das minas do Cauê, Jacutinga, e serra de Conceição. Com tempo, as demais camadas sociais de Itabira também aderiram a tal linguagem. Nos botecos, clubes, campos de futebol e encontros de final de semana era usada normalmente.
Tratava-se de uma linguagem em constante adaptação e transformação. Poucos registros foram feitos sobre ela. Por isso é comum encontrar variações na pronuncia de algumas palavras.
Troque a primeira letra da segunda silaba com a primeira, assim a palavra silaba vira “lisaba”. Palavra vira, “laprava”, reza vira “zera” lenda vira “denla”.
A linguagem de macaco foi também usada com freqüência entre os filhos dos empregados da Vale que residiam nos bairros Campestres Explosivo, Pará. No final da década de 50 (cinqüenta) usávamos a tal linguagem nos acampamentos do Grupo Escoteiro Padre Olimpio. “Çove base lafar guinlage de camaco” Você sabe, falar linguagem de macaco?
Nos encontros da turma dos anos 50 e 60 (cinqüenta e sessenta ainda é uma pratica a tal linguagem.