Flores de plástico
A primavera chegou, e com ela, as flores que, discretamente, estavam lá, adormecidas e ansiosas por despertar, tanto nos mais ávidos como nos mais distraídos, sementes de esperança e de paz que se encontram inertes no coração do homem, as quais, mesmo depois de longos períodos de intensa secura, teimam em florescer. E, é florescendo que nós como criaturas, paulatinamente, seremos mais humanos, alegrando e exalando o mais elevado olor, produzindo pequenos frutos de inestimável valor. Com a confiança de que, por mais que as flores sejam efêmeras, já que só “as de plástico é que não morrem”. Ter a certeza de que o esforço da flor não foi em vão, deu fruto, gerou vida e vida em abundância, mesmo na minúscula semente há um grande potencial, sobretudo se plantada e regada à luz da Palavra. Neste clima de alegria - magia e poesia - chego a ti, caro leitor, na esperança de fazer-te presente e ciente do meu “universo interior”.
(Escrito na primavera de 2007)