Matando um leão por dia...
Águida Hettwer
O que é a existência da vida. O tempo restrito que se vive debaixo do sol, na sofreguidão dos dias. Entre partidas e chegadas, nascimentos e morte natural ou tragicamente. A única certeza que temos que um dia qualquer, deixaremos esse curso, essa rotina de vida. O deitar cansado entre lençóis e levantar cedo. Na insegurança de dias onde os espelhos são refletidos de mil temores.
Não se sabe o que nos espera na esquina. A violência agrupada em bandos. O risco que se corre nas mãos do bandido. O que parecia perfeito ficou no passado imperfeito. O direito de chorar as perdas nos foi confinado. Temos o dever de parecer forte perante a sociedade. Como se fosse vergonhoso, ser frágil diante da situação.
Não fomos preparados para sair do buraco depois da queda. Ralamos o joelho, machucamos os dedos, olhamos para cima na esperança de alguém estender as mãos. Há tanta tristeza nos olhares que passam por nós nas ruas, insegurança desmedida, frustrações e embaraço nas relações.
Projetam-se sonhos na vida dos filhos. Esquecendo-se que os filhos têm vontade própria. Deposita confiança na família e nos amigos, nem eles deixam de ser humanos e cometem erros difíceis de receber perdão. Na verdade não sabemos receber “não” como resposta.
Vidas conflitantes, dividindo o mesmo teto. Há confusão na certa. Não sabemos respeitar opiniões contrárias as nossas. Quando um fala, outro escuta e se cala. Difícil admitir fraquezas, o espinho na carne dói e machuca. Há ciúme desenfreado nos atos. Cultuamos a errônea idéia de posse.
Matamos um leão por dia, na justa causa para se lutar. Há esperança de encontrar uma outra narrativa para a vida. Podemos camuflar sonhos e desejos, na tentativa de enganar-mos a nós mesmos. Mas nunca deixaremos de perseguir a felicidade tão almejada.
...Sonhos perpetuam aqueles que estão vivos! E vivem na esperança de realizar.
09.06.2010
Águida Hettwer
O que é a existência da vida. O tempo restrito que se vive debaixo do sol, na sofreguidão dos dias. Entre partidas e chegadas, nascimentos e morte natural ou tragicamente. A única certeza que temos que um dia qualquer, deixaremos esse curso, essa rotina de vida. O deitar cansado entre lençóis e levantar cedo. Na insegurança de dias onde os espelhos são refletidos de mil temores.
Não se sabe o que nos espera na esquina. A violência agrupada em bandos. O risco que se corre nas mãos do bandido. O que parecia perfeito ficou no passado imperfeito. O direito de chorar as perdas nos foi confinado. Temos o dever de parecer forte perante a sociedade. Como se fosse vergonhoso, ser frágil diante da situação.
Não fomos preparados para sair do buraco depois da queda. Ralamos o joelho, machucamos os dedos, olhamos para cima na esperança de alguém estender as mãos. Há tanta tristeza nos olhares que passam por nós nas ruas, insegurança desmedida, frustrações e embaraço nas relações.
Projetam-se sonhos na vida dos filhos. Esquecendo-se que os filhos têm vontade própria. Deposita confiança na família e nos amigos, nem eles deixam de ser humanos e cometem erros difíceis de receber perdão. Na verdade não sabemos receber “não” como resposta.
Vidas conflitantes, dividindo o mesmo teto. Há confusão na certa. Não sabemos respeitar opiniões contrárias as nossas. Quando um fala, outro escuta e se cala. Difícil admitir fraquezas, o espinho na carne dói e machuca. Há ciúme desenfreado nos atos. Cultuamos a errônea idéia de posse.
Matamos um leão por dia, na justa causa para se lutar. Há esperança de encontrar uma outra narrativa para a vida. Podemos camuflar sonhos e desejos, na tentativa de enganar-mos a nós mesmos. Mas nunca deixaremos de perseguir a felicidade tão almejada.
...Sonhos perpetuam aqueles que estão vivos! E vivem na esperança de realizar.
09.06.2010