A mais bela história de amor a Itabira
Os Caminhos Drummodianos foi idealizado pela itabirana Maria Lucia Gazire de Pinho Tavares e implantado pelo Prefeito Jackson de Pinho Tavares.
Maria Lucia é descendente da tradicional família Itabirana, Gazire, Piramy, Alves de Araújo, que a muito tem contribuído com a nossa história. A bela iniciativa foi uma forma de homenagear o Poeta Carlos Drummond de Andrade colocando as placas com os poemas em locais onde viveram os personagens mencionados em seus versos e locais freqüentados por ele.
Conforme o especialista em museu, Mário de Souza Chaves, o museu é território de memória e também de esquecimento. A memória sendo a não completa destruição do objeto observado é também a projeção do passado no presente.
O território define-se a partir da ação e reflexão de um determinado fator social, individual ou coletivo, conferido ao espaço, um significado especial e diferenciado, articulado com o sentido de identidade. O museu é um caminho e memória, que liga e religa tempos idéias, sentimentos, seres e coisas; e por este caminho também é um trem de encontros e descaminhos, de chegada e partidas.
O senso comum compreende o museu como um lugar onde tem coisas velhas que alguém quer ver. Em termos tradicionais, um museu também é definido através de três aspectos: o edifício, a coleção e o público. Estes três aspectos quando tratamos por uma abordagem museológica inovadora e de caráter social transforma-se em território patrimônio e comunidade.
Assim, não se pode conceber um museu que não contemple de algum modo estes três aspectos. Eles são fundamentais e não podem ser separados.
A proposta dos Caminhos Drummondianos apresentou, a meu ver, todos os ingredientes necessários para a constituição de um processo inovador. Conheci o Projeto Caminhos Drummondianos em 1998 e não tive a menor dúvida de batizá-lo de “Museu de Território”.
Obs: no final de 2009, a Mineradora juntamente com a Prefeitura, substituíram as placas antigas. Há criticas quanto à falta de padronização. Percebe-se que os responsáveis pela confecção das placas não tiveram a preocupação com critérios adequados. Que pena!
Faltou uma revisão de especialistas. Mas o importante, é que centenas de turistas percorrem os Caminhos Drummondianos.
Tenho a felicidade de presentear os meus amigos que visitam nossa cidade percorrendo com eles os Caminhos Drummondianos. Todos ficam encantados com o amor que o poeta dedicou a nossa Itabira.
Alguns compositores de Sambas de enredo mostraram nas Avenidas de Carnaval o amor do poeta a sua Itabira. “Itabira, em teus versos ele tanto exaltou, com amor” (ala de compositores da Estação Primeira de Mangueira 1987). “Terra de Drummond e poesia, de compositores imortais” (Marconi Ferreira 1982 Escola de Samba Mocidade da Belinha) “Como diz o poeta Drummomd, que é filho da terra também, Itabira é de ferro, eu sou de ferro também” (Dacruz Diniz década de 80, Escola de Samba Unidos de Itabira).