DA CERTEZA QUE NADA SEI
 



Da certeza que nada sei é que me leva sempre a correr atrás do conhecimento. Mas como definir o conhecimento? Cientificamente é dito como sendo um processo de reflexão crítica e que poderá conduzir ao desvelamento do objeto. É explicado também, como uma tomada de consciência de um mundo vivido pelo homem e que solicita uma atitude crítico-prática, envolvendo o mundo sensível, perceptivo e intelectivo do Ser pensante. Daí ser uma atividade que por sua natureza é transformadora da realidade, embora circunstâncias existam, e muitas são elas, em que o conhecimento se apresenta como práxis repetitiva. E o que isto significa? Como práxis, o conhecimento [e uma atividade teórico-prática e /ou prático-teórica, já que a teoria orienta a ação e a prática estrutura e/ou realimenta a teoria.


Dito isto, fica combinado que o conhecimento não é, portanto, uma mera expressão de imagens cognitivas, mas é antes uma coexistência do sujeito com o objeto numa dada realidade, é o sujeito cognoscente envolvido com o mundo cognoscível.


Tudo muito simplesinho, né não? Fui buscar este conhecimento  através dos ensinamentos de Aidil Barros e Neide Lehfeld (Projeto de Pesquisa: Propostas Metodológicas), que por sua vez buscaram conhecimento em Guilherme Galliano e José Koche.


Ainda coladinha nas mestras citadas, e seguindo a maratona do conhecimento - por elas explicadas  - e que se inicia com o nascimento do homem que, entrando em contato com a natureza e os objetos que o cercam, aprende por princípios de inclusão e exclusão a distingui-los. Passa então, a interpretar o seu universo através da tradição social e cultural que faz parte do seu mundo. Assim sabe progressivamente o que é uma casa, o que é e para que serve uma janela, o que é um lápis etc. Vivencia as suas crenças e experiências. À medida que a insegurança de seus sistemas experiências sugere erros e conflitos, surgem dúvidas. E, então, chega-se a reflexão, como veículo de respostas às problematizações feitas e que exigem decisões. E o homem precisa pensar e meditar – precisa efetivamente saber a que se ater – e conhecimento passa a ser a trajetória para a conseqüência do ato de conhecer, no qual se busca o saber teórico e prático de situações objetivas e subjetivas.


Pensando bem... nada é simplesinho, é tudo muito complicadinho e eu já nem sei se assovio ou chupo cana.

 
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 09/06/2010
Reeditado em 09/06/2010
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