AMOR E SONHO.

AMOR E SONHO DE PROUST ATÉ MATRIX.

Os sete volumes de “Em Busca do tempo perdido” são densos e é necessário fôlego e vontade para ler, mas pode e deve ser folheado alheatoriamente. Sempre se achará ótimos conceitos.

O papel da memória é central no romance. Quando a avó do narrador morre, sua agonia é narrada como um lento desfazimento, Suas memórias, particularmente, vão sumindo, até já nada restar.

No último volume, “O Tempo Reencontrado”, Proust se vale da técnica literária do “flashback”, e faz com que o narrador recue no tempo das suas memórias, em episódios desencadeados por recordações de cheiros, sons, paisagens ou mesmo sensações de tato.

"O amor é o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração."

A razão pela qual algumas pessoas acham absolutamente difícil serem felizes é por estarem sempre a julgar o passado melhor do que foi, o presente pior do que é e o futuro melhor do que será.

"A sabedoria não nos é dada. É preciso descobri-la por nós mesmos, após uma viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer por nós"; somos o passageiro exclusivo dessa viagem por vezes tornada em saga.

Viver nossa vida, olhar para nós mesmos, usufruir tudo que temos ofertado pela natureza, pelos dons, pela bondade interior, pelos entes queridos deve ser a meta permanente, nunca as dissipações sociais que nos chegam pela informação, ruinosas e arruinantes, principalmente do compartimento nominado como “política”.

Já nos basta a inexorabilidade do “Vale de Lágrimas”.

O agora cobre o passado ou não, com o manto da extinção temporal. Se serviu para ensinar, fiquem os registros de memória, se foram infrutíferos permaneçam no porão a eles destinado.

Mudar é preciso, de meios e modos vários. Por vezes faltam instrumentos e passivos os homens assistem alguns manipularem a instituição por eles criada para serví-los, a sociedade, não para servir a alguns, mas isso ocorre, e muito, indesejadamente.

Deixemos para os porcos a “lavagem”, vivamos nossos sonhos.

Matrix coloca no centro de pensar a idéia de futuro o que é o real.

Em sua visão filosófica abate a negatividade, e libera a opção do eleito messiânico. O sonho do amor, o mais justo aliado ao mais belo vence. Triunfa o bem.

A realidade se mescla com a ilusão do cotidiano.

“Mais vale sonharmos a nossa vida do que vivê-la, embora vivê-la seja também sonhar.” Proust

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/06/2010
Reeditado em 09/06/2010
Código do texto: T2308509
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