Pó de estrelas no infinito.

Quase ás véperas do dia mais encantadamente enamorado do ano, alguém gritou/ falou/ espalhafatou/ sussurrou que o amor morreu.

Mentira!

Mentira...

Mentira?

O amor não morre ( em essência é imortal ainda que chama),pode trocar de endereço/ destinatário/ alvo.

O amor não surge, se estabelece lentamente se alicerçando aos poucos, ato após ato. Vai crescendo e por vezes pode até ir se enfraquecendo mesmo sendo amor de verdade, pode sim, ficar anêmico/ desbotado.

Então, é preciso fortificar o amor. Rever suas entranhas e

revitalizar o sabor.

O amor precisa viver em constante transformação ( e isso é o legal do amor), deve ser regado/ resgatado/reatado/ relatado á cada dia. Cada fração de amor é um segundo.

Se o amor se resseca as noites já não serão de purpurina e bolhas de champanhe fazendo cócegas na ponta do nariz.

Os beijos serão sem doce e sem saliva ( e cá para nós beijo seco não dá ).

Os braços inertes,

os corpos calados

e a vida apenas um palco onde representaremos o nosso

próprio e humilde ato.

Não podemos deixar o coração morrer,

que ele faça laços/ fitas/ tintas,

mas que se refaça sempre.

Que o amor cresça/ viva/ floreça/ seja imortal/

(in)finito/ crível/ indescritível. Mas exista/resista/

insista.

Que seja incrível e criativo.

Que no dia a dia tenhamos sempre dia dos namorados,

casados, ficantes, amantes.

Que o amor exista,

ganhe forma de amor,

de flor roubada nos jardins das madrugadas/ madrigais.

Que o amor fecunde/ abunde/ grite/ berre. Viva / sobreviva.

Viva/ ame/ mude de alvo mas não de coração.

Cupidize-se. Sinta amor.

E nunca, jamais deixe que alguém língua de trapo/ fiapo

de desilusão diga a inverdade que o amor morreu.

Mentira.

Se é amor não morre vira pó de estrelas e paira no infinito...

... e é para sempre mexido/ remexido no mês/dia/ano

vida dos namorados.

Márcia Barcelos.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 08/06/2010
Código do texto: T2307331