A ponta do meu tênis!

Quando novinho em folha e até já há algum tempo sendo utilizado, os tênis esportivos são ‘o que há’... Paus prá toda obra enfrentam maratonas, jogos de vôlei, jogos de futsal, passeios, pisos duros, pisos enlameados... Tudo com a maior dignidade e competência!

São inúmeras as ocasiões nas quais, inadvertidamente e até, por que não dizer, de forma consciente, literalmente enfiamos o ‘bico dos nossos tênis’ em paredes, canelas desatentas, montes de terras, poças enlameadas... E o ‘guerreiro’ a tudo enfrenta de forma garbosa e vencedora! Em determinadas ocasiões elogiamos e recebemos elogios efusivos pela atuação ‘soberana’ desta ‘ponta do nosso tênis’! Independentemente de ser de aço, esta ‘rotunda’ ponta vence obstáculos por mais resistentes que sejam, causando-nos prazeres por vezes, inimagináveis!

Porém, como tudo que nos é dado conviver nesta nossa vida, nosso tênis também vai envelhecendo! Aos poucos notamos que não apresenta mais a ‘robustez’ e a ‘consistência’ que possuía ‘nos áureos tempos’. O elogiado rompante com que se apresentava nas chegadas triunfantes, adentrando por entre locais inexplorados torna-se cada dia mais ineficaz deixando muito a desejar e provocando decepções de quem dele mais esperava...

Há quem, numa tentativa de recuperar, pelo menos em parte, a eficácia na utilização de seu velho e cansado tênis, se utilize de subterfúgios azuis e até outros tentando levantar a moral e o antigo elã de seu inseparável companheiro!