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  Crônica da Solidão

  
 
 
   A solidão mostra a sua cara em muitas nuances: na forma de conviver, trabalhar, praticar esportes e até mesmo de se divertir ou tentar alguma forma de lazer. É solitário quem não tem com quem dividir estes momentos, durante a maior parte do tempo de realização dos mesmos. É bem verdade que podemos ser bem-sucedidos em alguns aspectos, mas amplamente insuficientes em outros.
 
   A solidão ironicamente não se constrói sozinha. Os interesses diversos quando não bem distribuídos, egoisticamente dividem as prioridades de um mesmo grupo de pessoas, levando-as a um estranho tipo de isolamento em castas, de acordo com as motivações individuais.
 
   A solidão representa ainda um estado de espírito, no qual nos sentimos sozinhos, mesmo que estejamos rodeados de pessoas. Ironicamente aqueles que mais deveriam nos fazer companhia são os que mais nos propiciam esta sensação, através de suas atitudes e comportamentos, motivados pela imaturidade, muitas vezes transmutada em falta de educação.
 
   Obviamente as incongruências relativas à idade e ao sexo se mostram determinantes em muitas ocasiões, mas a situação muitas vezes transcende o que seria esperado e esbarra na questão da falta de limites e de respeito. Interprete-se como se deve, dependendo da vivência de cada um.
 
   É fato, porém bem sabido que não podemos imputar a terceiros apenas nossa incapacidade em nos relacionar. Nosso modus operandi é sempre o sujeito da ação e maior responsável pelo desenrolar dos fatos.
 
   Orgulho e arrogância isolam-nos uns dos outros. Humildade é algo que devemos sempre buscar, mesmo em momentos de raiva e frustração, sabidamente péssimos balizadores de conduta. Mesmo que pareça difícil, ao espírito é sempre bem-vinda qualquer tentativa de entendimento.
 
   Em última análise somos todos imperfeitos. Mas não precisamos ser solitários ou infelizes. É sempre tempo de crescer, de aprender. Para isso estamos aqui. Senão... Não haveria sentido estarmos.
 
   Afaste-se enquanto possas da solidão, afinal como dizia a dupla Cazuza/Frejat: “a solidão é pretensão de quem fica escondido fazendo fita... Todo dia é dia e tudo em nome do amor... Essa é a vida que eu quis... Pro dia nascer feliz”.
 

Max Rocha
Enviado por Max Rocha em 07/06/2010
Código do texto: T2305373
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