AMOR E VERDADE.

A extinção da verdade mata o amor da mesma forma que a saúde se despede do corpo quando dele descuramos.

Quem frauda a verdade compromete seu interior fazendo nascer a falta de serenidade que traz a cólera e afasta o amor acendendo a ira, movendo a retorsão que sopra a fogueira do confronto e impulsiona a violência.

A mentira, filha da inveja da humanidade, sufoca o invejoso, pune-o fortemente na visão de sua inferioridade e aniquila toda a possibilidade de receber e dar amor, arredio que resta em face da vitória que almeja e não chega, pois presume o que não é se orgulhando do que não tem.

Nesse perfil esconde-se na ausência de vergonha, no biombo da mentira por vergonha de si mesmo, e nas práticas do interesse, festejando a injustiça caminhante ao lado da inverdade, levando ao palco das nulidades seu comportamento desprezível, longe do amor que desconhece e nunca praticou ou doou, nem ao conhecido muito menos ao desconhecido.

Renega a verdade na procissão solitária do culto doentio personalista, nada considera, repele o credo dos bons valores, repudia a solidariedade, nada recepciona e afasta expectativas benéficas, reside no epicentro das superficialidades que nada edificam, sua cegueira só enxerga seu diminutivo interior que pensa grande, apregoando padrões que não pode ditar, conhecendo a inferioridade que habita e sente de maneira forte, fantasma que povoa sua vida, sempre distante do altar dos valores maiores.

Sobre o amor enlaçado à verdade do que somos ou devemos ser, transcrevo o advogado e emérito construtor do cristianismo, Paulo de Tarso, São Paulo.

AMOR III - CORÍNTIOS.

"Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria."Coríntios. Cartas. São Paulo.

"O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo." Coríntios. Cartas. São Paulo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 06/06/2010
Reeditado em 06/06/2010
Código do texto: T2302953
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