Esse foi um ano difícil
Hoje faleceu Rosina, a mulher que ajudou minha avó a criar meu pai e seus dezesseis irmãos. Hoje, também, chegou uma lembrança da missa de 30 dias da morte do Tio Iedo. Esse foi um ano difícil.
Triste fim é esse das pessoas que amamos. De um jeito ou de outro vão embora. A nós, só nos resta aproveitar os momentos que passamos juntos e guardar na memória, longe da ação devastadora do tempo, um pouco de cada um.
Vida longa àqueles que amamos! E que a ausência, pra sempre sentida, seja aos poucos preenchida por novos vínculos, novos amores e novos amigos. Digo novos por falta de palavra melhor. Mas amigos e amores verdadeiros nunca se perdem e, portanto, nunca se encontram.
Antes nos reconhecemos, ora vivendo longe, ora vivendo perto, mas sempre existindo, seja em outro país ou na mesma cidade. Contando com a sorte ou com a providência divina para nos esbarrarmos de novo ou pela primeira vez e, de certa forma, nos darmos conta que sempre fomos amigos. Afinal, rimos das mesmas coisas, gostamos das mesmas coisas, mesmo separados, amigos.
Rio, 18 de Agosto de 2009