VIDA DE NOVELA
Outro dia, numa daquelas rodas de amigos ao redor de uma mesa de bar, cada um bebericando suas “cachaças” preferidas e as conversas correndo soltas, efetivamente soltas, sem estar presas a nenhuma convenção, ou seja, piadas e brincadeiras para afrouxar os nós das gravatas e liberar o stress mesmo, um dos presentes veio como essa........
Que um famoso instituto de pesquisa havia feito um levantamento acurado em todo o país e concluído que exatos 50% dos homens brasileiros assistiam novelas e que os outros 50% eram veados. Em seguida se dirige ao colega do lado e pergunta se lembrava do que havia acontecido no capítulo da novela do dia anterior. O indagado, continuando a brincadeira, afirma que lembrava - claro - e até contou o ocorrido, inventado ou improvisado. Isso não era importante.
Importante é que achando isso ou aquilo, a grande maioria dos brasileiros; mais ou menos cultos; mais ou menos ocupados, mais ou menos mulheres ou mais ou menos homens, assiste novela e gosta. Ficam bravos com as irrealidades, com as bobagens, mas também vibram e se emocionam com o que vêem. Eu, por exemplo, a cada final que não gosto, que acho um despropósito, juro que a próxima não vou nem começar a assistir, mas.........
É mais ou menos como a senhora com idade já avançada, que entra numa locadora, vai para o reservado de DVD pornô, escolhe o seu e quando chega ao balcão e a moça olha meio surpresa o título, a senhora vai explicando que o DVD é para o seu sobrinho adolescente.
Ou a madame, que entra em uma revistaria, pega o mais novo exemplar de "tititi", revista de fofoca de artistas e explica para a balconista que a é para sua empregada que lhe encomendou.
Ontem ainda estava em uma farmácia, chega um senhor, dos seus quarenta e poucos anos, bem apessoado, representando uma pessoa saudável, culta, classe média alta, pede um estimulando sexual (daquele famoso azulzinho) e explica para a moça que o atendia que é para o seu pai, que já está com setenta e poucos anos – então viúvo - e que acabou de casar novamente
E convenhamos: Se as novelas produzidas no Brasil fossem essas coisas tão bobas que se quer crer, não estariam sendo vendidas e assistidas nos mais diversos países de outros tantos continentes e também fazendo sucesso.
Hajam novelas nessa nossa vida real, cujos fantasiosos enredos, com certeza refletem muito mais realidade do cotidiano da nossa sociedade do que as tantas e tantas besteiras discutidas e decididas nas assembléias legislativas e mesmo no congresso federal ou nos gabinetes tantos, que produzem enredos muitos mais fantasiosos e irreais e, não raro, mais violentos que os praticados pelos vilões das ficções das novelas.
Outro dia, numa daquelas rodas de amigos ao redor de uma mesa de bar, cada um bebericando suas “cachaças” preferidas e as conversas correndo soltas, efetivamente soltas, sem estar presas a nenhuma convenção, ou seja, piadas e brincadeiras para afrouxar os nós das gravatas e liberar o stress mesmo, um dos presentes veio como essa........
Que um famoso instituto de pesquisa havia feito um levantamento acurado em todo o país e concluído que exatos 50% dos homens brasileiros assistiam novelas e que os outros 50% eram veados. Em seguida se dirige ao colega do lado e pergunta se lembrava do que havia acontecido no capítulo da novela do dia anterior. O indagado, continuando a brincadeira, afirma que lembrava - claro - e até contou o ocorrido, inventado ou improvisado. Isso não era importante.
Importante é que achando isso ou aquilo, a grande maioria dos brasileiros; mais ou menos cultos; mais ou menos ocupados, mais ou menos mulheres ou mais ou menos homens, assiste novela e gosta. Ficam bravos com as irrealidades, com as bobagens, mas também vibram e se emocionam com o que vêem. Eu, por exemplo, a cada final que não gosto, que acho um despropósito, juro que a próxima não vou nem começar a assistir, mas.........
É mais ou menos como a senhora com idade já avançada, que entra numa locadora, vai para o reservado de DVD pornô, escolhe o seu e quando chega ao balcão e a moça olha meio surpresa o título, a senhora vai explicando que o DVD é para o seu sobrinho adolescente.
Ou a madame, que entra em uma revistaria, pega o mais novo exemplar de "tititi", revista de fofoca de artistas e explica para a balconista que a é para sua empregada que lhe encomendou.
Ontem ainda estava em uma farmácia, chega um senhor, dos seus quarenta e poucos anos, bem apessoado, representando uma pessoa saudável, culta, classe média alta, pede um estimulando sexual (daquele famoso azulzinho) e explica para a moça que o atendia que é para o seu pai, que já está com setenta e poucos anos – então viúvo - e que acabou de casar novamente
E convenhamos: Se as novelas produzidas no Brasil fossem essas coisas tão bobas que se quer crer, não estariam sendo vendidas e assistidas nos mais diversos países de outros tantos continentes e também fazendo sucesso.
Hajam novelas nessa nossa vida real, cujos fantasiosos enredos, com certeza refletem muito mais realidade do cotidiano da nossa sociedade do que as tantas e tantas besteiras discutidas e decididas nas assembléias legislativas e mesmo no congresso federal ou nos gabinetes tantos, que produzem enredos muitos mais fantasiosos e irreais e, não raro, mais violentos que os praticados pelos vilões das ficções das novelas.