Aquela sensação
Novamente aquela sensação que volta e meia nos arrebata: coração explodindo freneticamente, frio polar que percorre a espinha, garganta de deserto, vertigem e murro direto no estômago.
Descida de montanha-russa
Decolagem de avião
Beijo roubado de súbito, sem o devido e patente consentimento da mocinha
Os três segundos que antecedem seu solo de guitarra. Drive acionado! Volume no máximo!
Nada disso! Dessa vez seu nome pregado na parede em uma lista. “Puta que pariu” de 1.000.000 de decibéis contido. Resistiria a estrutura da renomada instituição? Copioso choro incontido no estacionamento, misturados aos acordes da “sua música” e aos agradecimentos à corte celeste – S. Antônio na frente, ou melhor, no seu devido lugar – absoluta sinestesia.
Agora é saborear o gosto do dever realizado enquanto se aguarda os desafios que virão. Melhor ainda é lembrar de Fernando Pessoa: “... E eu vou / e a luz do gládio erguido dá em minha face calma / Cheio de Deus, não temo o que virá / Pois, venha o que vier, nunca será maior do que minha alma”. Além da constatação óbvia: se eu consigo, você também. Portanto, acredite.