Bom do pé e ruim da cabeça
Que maldade dos nossos críticos brasileiros quando fazem um paralelo entre o nosso futebol e o desenvolvimento do país. Por sermos o melhor do mundo nesse esporte, com cinco vitórias de campeões e ainda desejosos de atingirmos a sexta vez, tornando-nos hexacampeões, ficam dizendo que somos bons dos pés e ruins da cabeça. Subestimam a nossa inteligência, não enxergando a nossa posição na América Latina e no Mundo. Não é à toa que estamos entre os países emergentes, fazendo parte dos quatro principais desse grupo, o chamado BRIC, Brasil, Rússia, Índia e China, em termos de economia. Isentando-me de comentar sobre a política, ninguém pode negar a influência do presidente Lula em assuntos internacionais. De tanto meter o bedelho na soberania de outros países, foi até considerado o homem mais influente do mundo pela Revista Time, onde o próprio Barack Obama, o governante da maior potência econômica do mundo, ficou em quarto lugar. Assim, já é tempo de levantarmos a nossa autoestima, não dizendo que somos ruins da cabeça. O nosso presidente, o mais “analfabeto” que passou pela história, costuma dizer que “não podemos continuar com esse complexo de vira-lata”. E, sem nenhum acanhamento de sua condição escolar, vai lá é dá o seu recado. Lembra-nos o que disse Rui Barbosa: “nem sempre mais anos de escola significa maior capacidade”.
Que a fama de bom no futebol não nos traga a pecha de que somos ruins da cabeça. Temos brasileiros célebres pelos seus feitos em outras áreas, como nas ciências sociais e humanas. Somos também muito bons de cabeça, não apenas dos pés.