O fascínio da minha inspiração
Hoje parei pra me perguntar, por que nunca escrevi para você? E por mais esforços que fizesse, não conseguia formular uma resposta ao mínimo convincente. Não que o meu amor não seja intenso o suficiente para rabiscar boas linhas sobre você, mas talvez as minhas teimosas mãos não queiram atender os incansáveis impulsos da minha mente.
Sinceramente, tenho medo, de que minhas palavras não possam legitimar o que sinto por você, sim é amor, eu sei, mas, e o amor, o que é?
O amor não pode ser medido, nem comparado, muito menos definido, sua existência está presa à própria essência humana, condição fundamental na tessitura da vida que leva os artífices da palavra a abordarem-no a cada momento.
Agora se não sabemos o que é amor, como entender se o sentimos?
O amor padece, pois o tornamos prosaico. Tentamos iludir nossa mente, com eu te amos, acabando por nos enganar, e magoar aquele que verdadeiramente o sentia.
Quando você ficava ali, sentada olhando para mim, parada, todos aqueles dias que mesmo sem saber o que? E por quê? Eu te chamava e agente passeava, sem entender, e nem perceber que o amor brotava, me desculpem a redundância, das palavras, mas foi assim que começou, e não sei o fim da história por que ela não acabara (á).
Entre devaneios da minha mente quimera, você, me faz ver, me faz crer que a vida pode, que a vida é melhor. Você é a força, que derrota os demônios dentro de mim, e meus medos se tornam diminutos, e o meato que canaliza meus esforços a vereda dos meus sonhos se engrandece, e os ponteiros do tempo se movem paulatinos quando tenho você, por que meu eu já não me pertence, está em você na mesma plenitude que te sinto em mim.
Você, não deixou a minha vida mais fácil, mas, incomparavelmente mais bela, e plena. Você é o sentido das minhas escolhas, palavras suas, que tenho a liberdade de usar, pra tentar definir o que você me ensinou a sentir, um verdadeiro amor, que jamais imaginei ser assim, lindo, profundo, puro e sincero, como seu olhar que adjunto ao seu sorriso faz resplandecer a aurora do seu primor e o fascínio da minha inspiração.
Enfim vislumbro a solução para a indagação inicial. Nem medo, muito menos incerteza, nenhuma dessas fraquezas me abala. Não escrevo para você meu amor, mas escrevo por você, assim como vivo.