Sonho de meu sonho, meu pesadelo( Crônica Lírica)

Ao amor de minha vida

Que faz com que meu tempo seja curto

Para que nunca seja preenchido

Sempre me falte espaço a ser preenchido por você

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Ontem meus sonhos foram invadidos pelo meu próprio sonho. Perdoem-me pela redundância, mais é assim mesmo que prefiro a me referir ao meu sonho, aliás meu pesadelo.

Pois ontem sonhei com meu amor, sim, sonhei contigo.

De início seria o mais sublime e procurado sonho que queria, mais não! Enquanto sonhava contigo, meus braços estavam anestesiados e doídos. Ficávamos de olhares de lealdade nítidos em nossa face. Teus cabelos para mim estavam tão macios quanto antes, como que com óleo de unção.

Mais de repente uma voz rondava no meu sonho.

-Acorda! Acorda! Acorda!

Chamava insistentemente

Mais meus pensamentos estavam levitando, pois parecia que há muito não nos víamos, eles estavam presos aos teus olhos que olhavam com o fito de marca aquele momento com beijos inquietantes.

De logo percebi que algo estava errado, não sei o que. Mais o sonho prosseguia arfando, mesmo que eu tentasse acordar para vê-la se estava mesmo ainda dormindo ao meu lado, mais não, não conseguia acordar.

Olhando atentamente em teus olhos pude ver o sol e a lua, que brilhavam como num uníssono. Arrepios em minh'alma sentia. Aquele momento prolongava ao passo que tentava fugir do sonho. Mesmo em sono profundo, sentia meu corpo agonizando. Em teus olhos via como se a existência dos próprios céus fossem seus olhos.

É de fato um maravilhoso sonho, mas quando pensei que ia acordando, adormeci para outro sonho me roubar do aquecimento de teu corpo e do cheiro natural de teu corpo.

Sonho ladrão me levou ao inacreditável e ao jamais imaginado por mim em sã consciência. Sonho de um sonho-um pesadelo. Meu corpo se retorcia quando imagens me traziam à tona que estava sendo seqüestrado de você, sendo levado á uma terra distante, não conhecida por mim.

Levaram-me despido, sentir profundamente vergonha no meu íntimo. Eis um sonho maquiavélico, pois estava tirando você de mim. O pior! Foi considerado morto por causa do tempo que se passou desde então, ignominioso para mim. Considerado morto, como? Gritei estridentemente no sonho, mais foi considerado uma lenda dentro de meu lar.

Ademais via um reflexo longe de meus filhos olharem para uma imagem minha, vendo alem do mais nos olhos lágrimas, e o passar de seus dedos na foto, e de joelhos os três se abraçavam, choravam, dizendo a frase" Deus faça papai ressurgir" do além mar!. Doeu, como se fosse penetrado no meu infinito coração, agora vazio.

Mais nada me foi tão triste e doido, quando a cortina do sonho fechou-se, abrindo uma nova cena.

Eu estava em frente de minha amada casa, onde minha década de amor se formou, onde tudo parecia com aquela que tanto amo-você e que via a cada momento o reflexo/espelho seu nas paredes avermelhadas.

Sim! Foi duro está novamente debaixo de minha rampa, rampa que subia às tardezinhas de volta para casa, feliz ao aconchego daqueles que tanto amava. Mais tudo parecia que ali estive há muito tempo.

Incertezas me vinham à mente. Meus olhares não paravam de olhar para nossa casa. Aquela construímos com o suor que corrida de sua barriga, grávida de nosso terceiro amor- meu filho.

Só podia me trazer dores tal sonho, fugia, mais não conseguia.

Agora minh'alma padece nessa escrita de um sonho infeliz. De frente a minha vida e amada mulher, meu coração acelerou como se fosse dali decolar. Meus pés tremiam a cada piscar dos olhos desejados de amor. Mais sentia no fundo de seus olhos apaixonados que algo estava errado, como se seus olhos quisessem me dizer algo, traços de arrependimentos. Talvez! Pensava!

Tentava controlar meus pés, mais eles ainda continuava a tremer em olhar para sua boca enfeitada com seu lindo sinal de beleza. Sinal este que tanto almejava e gostava de observar quando sorria para mim, e quando dizia carinhosamente "AMOR" e "FIE".

Meus braços de repente tomaram conta de minhas próprias pernas, tomando à frente para subir a rampa, mais ainda assim não conseguia, o sonho não me deixava ser independente dele.

Porque de repente os olhos dela, começavam a derreter em lágrimas, como uma vela acessa. Silenciosamente chorava e inerte ficava debaixo da porta, olhando atentamente para mim com olhares de amor, mais com rítimo de arrependimento. Meus pensamentos silenciosos não conseguiam discernir os motivos.

Ao passo que o tempo passava numa periódica hesitação, suas lagrimas caídas no chão, o seu som rimavam com os soluços que de repente começaram a sair. Meu coração batia como som de um trovão, buscando coragem para subir as escadas, e sem demora cair nos seus braços. Ao tempo em que balançava a cabeça como quem quisesse fugir do sonho, mais nada mi adiantava continuar no sonho era inevitável. Apesar de que no sonho sabia que era um pesadelo, e que você era mais que real para mim, dormia em meu lado, mais tudo me amargurava, como se soubesse o final do sonho.

...continua...