Bom aluno.
“Assunção critica da passividade intelectual do escritor
Não importa o estilo do escritor, o importante é não se submeter a uma vontade de acompanhar o pensamento mercantilista da maioria que vê lucro em tudo, acabando por produzir algo que vende por ter conteúdo plasticamente bem elaborado com receita pré-estabelecida ao gosto do leitor que tem preguiça de pensar, Le apenas o que diverte, erotiza como fosse brinquedo” Paulo Freire.
Ao ouvir as palavras do Mestre temos a exata dimensão do quanto nos falta caminhar para entender o caminho das sílabas que como setas nos levam ao saber.
A ambigüidade na escrita, para quem escreve a bem pouco, torna tudo enigmático, nunca definitivo, pelo menos na leitura de Camus, Beckett, Durrenmatt, Rilke, Kafka e outros, visões arquetípicas em que o homem não domina seu próprio meio.
A mensagem apresenta à primeira lida estranha, forçando sua constante releitura dando a cada um a possibilidade de um novo debate, uma nova interpretação.
Quem ler, reler, treler, quantas vezes faça se obriga a reconstruir a realidade estética, uma linguagem para o discurso sobre cada uma das descobertas, induzindo a mente do leitor à imagética ilusão da interpretação final.
A imprevisão da estrutura, a impossibilidade de sentir a “coisa” pronta, estimula a inteligência, impõe a análise e a critica.