“Data vênia”.
“Data vênia”.
Data vênia a justiça, mas ela precisa ser julgada pelo Tribunal de Ética, por cometer crimes hediondos contra a boa fé da população. Sua violência contra as normas penais é digna de prisão perpétua, pois sem piedade, ela estupra as leis para garantir a sua suposta inocência. Defendida por rábulas, que se formam em faculdades vendidas, usa de argumentos vis e de recursos venais, para mostrar a sua soberania.
Com os olhos bem arregalados, enxerga somente a imagem que a sua visão deseja ver, pois a venda que havia em seus olhos, há muito tempo foi retirada por interesses que fizeram a sua balança desequilibrar. Com empregados “eficientes”, conhecidos como deuses, pois julgam a todos, mas são absolvidos por um poder corrupto, que os colocam em tronos revestidos de ouro, mas com uma base afundada na lama. Seus PROVENTOS são de encher os olhos e sua reputação causa-nos asco, um vômito que engolimos cada vez que ouvimos ORDEM NO TRIBUNAL.
Sua mão é capaz de criar destinos e sua palavra soa como uma ordem, que até as coisas inanimadas obedecem, com medo de serem apagadas sem piedade. Seu julgamento, quase sempre passional, busca absolver um réu chamado IMPUNIDADE e condena sem chance de recorrer, a vítima chamada DIREITO. Promotores que mais promovem espetáculos mostram seu dinamismo, em cenas cada vez mais grotescas, quando acusam e afagam, mostrando que vampiros não existem só nos cinemas.
Com as algemas colocadas nas mãos do discernimento, tentamos soltar das cadeias a dignidade, aprisionada com a vergonha, para que um dia, quem sabe, a justiça seja julgada e condenada, e na prisão aprenda que ela deve servir a sociedade e não ser servida. CUMPRA-SE.
MÁRIO SÍLVIO PATERNOSTRO