UMA ESPADA PARA O SANTO
O Lula não falou. Por quê será?
A primeira cerimônia, no clube do Exército, para a entrega das espadas aos oficiais promovidos à generais, surpreendeu pela beleza. O mundo atual, a cada dia cheio de novos valores, admira-se diante de uma cerimônia, ainda realizada com o mesmo ritual: Hino Nacional, cadetes batendo calcanhares, um silêncio completo para ouvir discursos... Por sinal, a fala do general-ministro, agradou a todos; com poucas palavras disse muito.
Depois um gostoso e farto coquetel.
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A segunda cerimônia, no Palácio dos Buritis, com a presença do Presidente Lula e das Forças Armadas: Marinha, Aeronáutica e Exército foi bem mais simples. Todavia saí um pouco decepcionada. No repleto auditório só os oficiais e esposas, filhos e pais. Como sempre Hino Nacional, fala do Ministro... e o Sr. Presidente da República decretou encerrada a cerimônia.
O Lula só foi para enfeitar! Não disse uma palavra sequer para os oficiais e suas famílias. Nada, nada, nada! – “O cara gosta mesmo é de pobre” – alguém falou baixinho. Se isto é verdade esqueceu que entre aqueles oficiais tão elegantes, com fardas impecáveis e espadas brilhantes, havia muitos pobres que, como ele, lutou muito para chegar ao cimo.
Enfim, fazer o quê? Em compensação, José de Alencar, homem forte, que luta como um guerreiro contra traiçoeira doença, lá estava com seu sorriso. E, de pé ficou, horas, nas duas cerimônias, demonstrando que, ele, mais do que ninguém, merece uma espada; uma espada de santo.