Penso, mas os olhos fecham....

O sono me fecha os olhos. Pudera, madruguei e o dia foi deveras ocupado por tanto movimento e informação que as janelas de meu cérebro, meus olhos, teimam em embaçar e não colaborar com a inspiração que tenho agora. Mas porque sempre começo a escrever com uma inspiração avassaladora e não consigo prosseguir com meu intento? Porque a inspiração se dissipa tão rapidamente? O que é isso que vem à mente, e às vezes ao coração, que não consegue ser completado? Por que fico com a boca repleta do gosto de poder fazer mais, e nada, absolutamente nada acontece?

Já culpei a pretensão exagerada. Quem sou eu para escrever frente a tantas palavras e letras proferidas no mundo com tanta grandeza? Já pensei que as letras, para serem dignas de serem grafadas no papel, devem servir a um propósito maior, ou no mínimo não ferir a ninguém com seu poder. Entretanto, vivo o dilema de respeitar alguns princípios ou desafogar toda a avalanche de vontade de gritar minhas idéias.

Vou a internet, assisto a sugestões e idéias que não propõe soluções para minha preguiçosa vontade de realização. Na minha boca segue o constante questionar da melhora da minha insidiosa vontade de tudo fazer fácil, fazer rápido. Não agüento mais, as palavras estão muito soltas pois o sono nesta hora é vencedor da batalha entre o prosseguir e o viajar para mais longe. Vou embora e embora não tenha certeza (e essa ninguém tem) amanhã abro os olhos e recomeço a tentar achar, o que ainda não é meu, o que quero, o que vou levar.

Alvinho
Enviado por Alvinho em 29/05/2010
Código do texto: T2288235
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