O BEIJO

O BEIJO

O beijo pode significar muitas coisas. O carinho maternal é demonstrado com um beijo de boas-vindas e a criança sente, pela primeira vez, o amor. Crescemos e sonhamos com um beijo, aquele que já não quer ser platônico, porém, ainda há a inocência do primeiro amor.

O beijo, na verdade, é o prelúdio do amor e também pode ser o inicio de uma grande saudade. Com o beijo a gente se despede e se conhece. O beijo também pode trazer um enorme sofrimento e ser perpetuado, e até ganhar um nome. O famoso beijo de Judas, que entregou o Cristo aos seus algozes. Quem nunca sonhou com o beijo do filme “O vento levou”? Esse beijo mostra todo o romantismo que ele às vezes propõe. Quem nunca quis comer uma macarronada e repetir o beijo da “Dama e o Vagabundo”? Um beijo inocente, tal qual a adolescência oferece.

Com o beijo a gente se apresenta, muitas vezes pedimos três, pretexto para casar. E é com o beijo que selamos definitivamente essa união. Beijamos a mão do padre e assim somos absolvidos. O primeiro ato sexual dá-se início com o beijo e também termina com ele. Quando não podemos dá-lo, mandamos de longe, ou então pedimos para alguém levá-lo. Existe também o beijo mais temido, aquele derradeiro, o que selará nossos dias. O beijo da morte.

O beijo tem várias conotações, pode ser de amigo, de amante, de irmão, de carinho, mas é sempre beijo, e com ele se determina o que verdadeiramente se quer dizer. Beijos calorosos dão os amantes, queimando de amor e incendiando os leitos. A amizade oferece a face, mas com a evolução dos tempos escorrega até a boca e cria-se um novo modo de se cumprimentar. O famoso beijo selinho.

O beijo dado é um beijo que quer retornar. É como se fosse um carinho recíproco. Beijos quentes de língua, beijos inocentes de amigos, beijos de perdão, de traição, de despedida, de retorno, roubado, não importa, o beijo estará sempre na moda e na boca dos que querem dividir intimidades.

MÁRIO SÍLVIO PATERNOSTRO