O futuro é neste instante
Em tempo de câmeras digitais cada vez mais multifuncionais é engraçado pensar que as máquinas fotográficas já foram de madeira e papelão. É verdade mesmo, foi a Kodak que lançou a idéia a fim de baratear o preço das câmeras fotográficas e vender mais filmes. Foi um grande sucesso na época, em 1959.
Mas não faz muito tempo, li a respeito de um celular feito de papelão e descartável. Ou seja, a pessoa compraria o aparelho no jornaleiro, por exemplo, com determinados minutos de créditos e após o termino dos mesmos jogaria o aparelho no lixo. Não sei que fim levou a tal iniciativa, se chegou a funcionar mesmo em algum país. Quem sabe, no Japão?
Falando em tecnologia, cada fez mais vemos a evolução dos aparelhos eletro-eletrônicos progredir em velocidade surpreendente. Basta dormir para que no dia seguinte tudo esteja diferente daquilo que conhecemos.
Tem gente que não gosta da tecnologia, argumenta que ela tira o trabalho de muitos pais de família, que seu uso é complicado, que é perigosa e tal. Estes argumentos são até verdadeiros e vem se provando desde a revolução industrial. Mas fazer o que? Temos que adaptar-nos a ela ou então estamos excluídos.
Lembro-me que possuir um curso de datilografia era um requisito para conseguir determinados empregos. Saber datilografar velhas “Olivettis” (teque, teque, teque) era um diferencial profissional. Mas vieram as máquinas elétricas e quem não se adaptou, dançou. Elas possuíam corretivos que possibilitavam apagar algum erro datilografado, opção de tipos (letras) em negrito e em itálico e bastava um leve toque nas teclas para o carro deslizar. Carro? É este mesmo o nome daquele lugar onde se prendia a folha de papel a ser datilografada?
Nem é preciso dizer que encontrar hoje uma máquina de datilografar em algum escritório ou residência é quase tão difícil quanto encontrar uma criança de oito anos que não saiba o que é Internet. E quem não tem curso de informática (Windows, Office) não está apto para trabalho em escritório.
Outro dia chegou uma grande caixa na empresa onde trabalho. Era uma máquina de xérox...Ops, máquina de xérox não, máquina fotocopiadora!
Muita gente chama de “xerox” qualquer máquina de fotocópia, de “gilete” qualquer lâmina de barbear, de “bombril” qualquer palha de aço e de “miojo” qualquer macarrão instantâneo (que nojo...). Também tem o tal do absorvente feminino que até algum tempo era conhecido como “modes”. Isto se dá porque o nome da marca acaba sendo mais forte do que o nome do produto. Isto é uma outra história e muita gente já sabe disso.
Voltando ao assunto, a empresa comprou a tal máquina porque a que existia estava velhinha e fazia só o essencial: fotocópias.
A nova (no sentido de recém comprada, porque o modelo já era ultrapassado) era um espetáculo. Possuía tantas funções (além da principal, é claro) e modos de operar que houve até treinamento para as secretárias. Como não estive no treinamento (óbvio), cheguei para tirar algumas cópias e me deparei com um visor de cristal liquido pedindo minha senha de acesso. Droga, ninguém havia me dado uma senha!
Apesar de ainda não vermos carros flutuantes em vias expressas controladas por inteligentes sistemas de tráfigo, de não ser comum robôs servirem como mordomos, andróides como filhos adotivos ou esposas perfeitas, sem tele-transportes, sem inteligência artificial controlando ou matando os humanos, sem...Estou vendo filmes demais. Mas posso dizer que a falta de tudo isto é por pouco tempo. E para quem acha que possuir uma câmera digital é o máximo, viva até lá para ver.
Pois é, o futuro é neste instante mesmo.
Só indo dormir...
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