Algumas linhas sobre a vida

Cada vez me convenço mais que viver é, antes de tudo, uma arte. E olha que ainda me sinto um garotão, um garotão um pouco mais velho, 41, porém já coleciono algumas cicatrizes existenciais que argumentam minha afirmação.

Vamos a alguns exemplos: a arte de viver requer paciência, que sem duvidas é algo ruim pacas de aprender já que lida diretamente com a questão do tempo, e tempo é tudo que julgamos não ter. Um outro ponto é questão dos sentidos, amamos num dia e no outro a coisa vira de um jeito que a boca que beijou, chupou, lambeu, passa a maldizer, cuspir e rogar pragas...

E o que dizer das escolhas, quando os resultados são positivos, tudo bem, mas quando algo sai errado... A culpa é sempre de alguém ou de alguma coisa.

Algumas pessoas que acompanham meus textos me questionam sobre os temas que abordo. Minha resposta é uma só: meu tema é a vida! Em suas varias facetas e tentativas de explicação, seja no conceito filosófico, religioso ou doutrinário. E por não entendermos patavinas, nos apegamos aos conceitos externos e continuamos até a próxima estação.

E para concluir, e sem a menor pretensão de ser mais um a tentar explicar o inexplicável conceito de existência, vou falar o óbvio: viver é tão incrível que ainda que hoje o dia não seja o mais agradável, amanhã você vai ver que não foi tão ruim assim. Que perder faz parte da vida; que nem tudo o dinheiro pode comprar; que antes de ter é importante ser, se não você realmente será tudo o que querem que você seja e tal processo é complicado já que todo mundo parece saber a melhor forma; que sofrer é parte da existência e não há antídoto contra; que nem todo mundo que sorri é realmente feliz e que você é você e não há, e nunca houve, ninguém igual a você na história da humanidade, então não adianta tentar ser igual aos artistas da televisão.

É, mais ou menos, assim. E se pode melhorar, você é o principal agente.

Um conselho? Não abra mão de ser. E viva!