Hoje Deus acordou triste.

Por que a imprensa é assim?

Uma noticia bomba ecoou pela cidade de Itabira, vazou as fronteiras, e estacionou na capital das Gerais, alimentando as hienas das noticias, que de plantão rumaram, com seus aparatos tecnológicos que fariam a noticia em segundos ter acesso ao mundo. Estavam na cidade, filmando conhecendo cada igreja, cada pedra das calçadas, cada beco, cada serra, ouvindo todos os transeuntes com suas mais diversas opiniões.

Na primeira imagem que ao mundo alcançou, e que de frente para uma TV me surpreendeu, assustou era minha pequena igreja, incrustada no pé daquele Pico do Amor com seu majestoso cruzeiro, onde criança muitas vezes o escalei com uma garrafinha com água e flor e o molhei, pedindo chuva e graças ao Senhor e as alcancei na minha fé infantil. Aquela igreja com sua base de pedras regionais guardam as raízes de minha fé, historias de minhas religiosidades, todo filme reprisou, naquele momento onde os olhos do mundo se viraram para ela.

Uma noticia uma bomba, explodiu sobre a cidadezinha, parecia uma invasão de seres extraterrestres com suas luzes e naves de todas as logomarcas e vinhetas.

Noticiavam que uma criança portadora de uma deficiência mental teria sido vitima de pedofilia pelo padre da matriz, minha matriz? Uma acusação de vizinhos, que se não cuidam de suas vidas, dos outros o fazem muito bem. Tutelar, delegado e comissões, ao padre toda condenação, sem ao menos ter dado o direito a defesa, logo entregam aos meios de comunicação, uma séria acusação que rapidamente enviaram noticias vídeos para alem mar. Que bela imagem da minha querida Itabira estava enviando? Por que tem que ser assim?

Abalado nas minhas raízes, confesso balancei por um momento me vi desligado da terra ao Senhor supliquei. Meu Deus, que foi que deu errado naquela missão?

De pés no chão procurei, telefonei li e ouvi vozes saindo de todos os recantos da cidade e região rural. A defesa do padre logo se efetivou em todos os meios, pessoas se manifestaram outras apenas assustadas, liam. O Vigário geral rapidamente em coletiva com aquelas hienas de plantão defendeu a inocência de sua cria, exigindo uma apuração rigorosa e isenta de vícios. O padre em choque e lacrimoso afirmou sua inocência o que causou uma comoção geral dado ao respeito e carisma que este mantém juntos aos fieis daquela paróquia.

Cidadezinha nas manchetes da imprensa nacional eu distante vendo a cidade ferver, meu coração apertado, pensando na minha gente religiosa assíduas nas atividades daquela igreja inclusive ativas em todos os mutirões de ampliação e reforma da mesma, e alem do mais que a este padre familiar depunham toda fé. Naquele dia Deus chorou, estava triste. E não bastasse, o padre seria um dos responsáveis para receber a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que estava em viagem de Aparecida para a cidade. Todos estranharam a denuncia num momento em que o Padre estava radiante, orgulhoso pela importância de receber um símbolo marcante da fé católica que permaneceria na sua igreja por alguns dias.

Diante das atuais conhecidas disputas de poder entre as igrejas, até se aventou que poderia ser coisa de disputa de espaço, por outras evangelizações, que tem acompanhado a fragilidade da fé católica bombardeada, por tantas denuncias de casos de pedofilia e homossexualismo pelo mundo. Assim aproveitariam o momento de comoção pela visita da Santa Aparecida e assim abalar a fé da população em uma pessoa tão carismática naquela diocese.

Assim como apareceu misteriosamente toda a imprensa sumiu, deixando para trás um ser humano com sua dignidade ultrajada violentada, em nome de uma violência que por si é hedionda, cruel e vergonhosa, quando se comprova. Mas, se não se comprova, fica a macula indelével para sempre na pessoa. O que deveria ser praxe, ético, que certas denuncias deveriam, ser em certo sigilo, bem apuradas, antes que sejam divulgadas internacionalmente. Evitando-se alimentar interesses da imprensa de sensacionalismo, que não se preocupa com a dignidade humana, ao mesmo tempo, que para outras denuncias se calam.

Que se faça justiça, mas que se tenha mínimo de decência na divulgação e que se conhecendo culpado, que haja a devida punição na luz da lei, é o que sempre pensamos,defendemos e sonhamos num mundo mais justo. E neste dia Deus sorrirá, ao perceber que todos seus filhos indiscriminadamente passaram por um julgamento justo pelas leis do homem.

Obs. Muito mais uma indignação com o processo de informação sensacionalista, do que um desagravo. Muito menos sou contra a imprensa, muito pelo contrario.

Toninhobira.

26/05/2010