Que opinião é importante pra nós?
Provavelmente, numa dessas suas andanças pela web, você já deve ter visto uma frase atribuída a Bob Marley, onde se lê: “Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles”.
Acredito que estamos diante de uma verdade filosófica, uma vez que, com certeza, é muito mais importante o autoconhecimento que a impressão que as pessoas têm de nós. Seria completamente desnecessário perguntar o que cada um acha, pois a maioria responderia que o importante é estar bem com sua consciência que com sua reputação.
Porém, o que muito me chama a atenção é que apesar de todos declararem que somente se importam com sua consciência, na prática, vemos que a opinião que as outras pessoas têm de nós faz muita diferença.
Quem é que diante de um comentário crítico de outrem, nunca decidiu por fazer uma dieta, aumentar a quantidade de exercícios físicos, voltar aos estudos, entre muitas outras coisas?
Qual será a razão que nos faz dar tanto crédito ao quem pensam de nós?
A verdade é que estamos diante de uma pressão social muito grande e que insiste em ditar como deve ser o nosso comportamento. Você já imaginou um casal de evangélicos se separando? Talvez, se não fossem evangélicos, a separação fosse irrelevante; você já imaginou uma jovem em seus vinte anos de idade e com vinte por cento a mais do que seu peso ideal? Talvez, se fosse uma pessoa de uma certa idade, o peso fosse irrelevante; ou, quiçá, você tenha imaginado uma pessoa que possui uma boa estrutura financeira e familiar envolvendo-se com drogas. Talvez, se fosse uma pessoa de poucas posses, o detalhe fosse irrelevante.
A bem da verdade é que muitos acham que o ser humano é alguém dotado de padrões e que esses padrões são imutáveis. Quando, cientificamente, está exposto que o ser humano é um constante vir a ser. Não adianta ficarmos criando regras para o nosso convívio ou estilo de vida, o que importa é que cada um tenha o seu e saiba respeitar o espaço do outro.
A questão de se preocupar com a opinião dos outros, faz com que muita gente busque o fracasso, e, eu explico: Só porque grande parte dos amigos possui carros arrojados e/ou do ano, ele se submete a um financiamento com uma alta carga de juros, só pra não estar fora do grupo. Ou, então, a moça quando começa a namorar um rapaz interessante, e, suas amigas vêem que ela não está mais tão presente em suas saídas anteriores, começam a caçoar da pessoa dizendo que ela está apaixonada, amando, está casada e a pessoa acaba se sentindo na ‘obrigação’ de esfriar o relacionamento para simplesmente dar uma satisfação ao grupo.
Com isso, o ser humano começa a destruir barreiras e opta pela insaciabilidade. Nada o satisfará. Ele buscará inúmeros progressos, mas tudo será efêmero. Tudo porque se prendeu a dar satisfações a seus grupos sociais.
Entretanto, não quero apregoar que uma pessoa tem que viver sem ter nenhum parâmetro pra sua vida, pois cometerá o erro da insaciabilidade e todos nós sabemos que uma vida sem metas e planos torna-se vazia.
Desta maneira, concluo que nós devemos ser os primeiros a nos preocuparmos com nossa saúde física e mental, com nossa cultura, com nosso caráter e acreditar que os frutos a serem colhidos dependem dessas sementes. E acima de tudo, nunca caíamos no erro de acreditarmos que não precisamos de ninguém, pois existe uma máxima filosófica que diz que não há um ser que não dependa do outro. Hoje, independentemente de quem você seja, uma gama de pessoas trabalharam passa esse fim. Portanto, viva de maneira que as pessoas se sintam impulsionadas pelo seu estilo de vida e acredite que o destemor tem uma recompensa imensurável para o seu objetivo de vida.
"O que você faz pode desaparecer. O que você é permanece vivo, porque transforma os outros." (John C. Maxwell)