A liberdade é um pesadelo
A liberdade é um pesadelo
Movimento rápido dos olhos (REM) é o fenomeno que gera os sonhos, que são uma série de imagens contextualizadas que representam algo para alguém, ou não. Os pesadelos são sonhos que desagradam, assustam, deprimem ou simplesmente tiram a pessoa de uma rotina de sonhos bem sonhados ou nem sonhados, sabe?
Veja bem, eu posso provar que a liberdade, que dizem, não passa de um pesadelo. Os conceitos aí estão certos, logo o pesadelo é estritamente uma série de imagens geradas por movimentos de olhos que tiram as pessoas de uma rotina. Como esse texto é meu mesmo, eu digo que você concordou com isso e pronto.
E pesadelos são raros para os que não apresentam nenhum distúrbio psicológico, qualquer quadro de neurose, ou, resumindo, quem não é louco, são, também, na sua maioria, sintetizados ao extremo, tá, nem todo mundo repara, mas o que te tira da rotina muitas vezes são meros dois segundos de um susto. Não posso deixar de afirmar que, sendo o conceito de pesadelo como 'sonho ruim' verdade, muita gente vai discordar que gostam de pesadelos, muita gente não, a maioria, maioria esmagadora, eu diria até, tá bom tá bom, eu acho que sou a única exceção que eu já vi.
Então eu te digo que a liberdade não é e nem pode ser algo diferente disso. "Cala a boca, vai" foi o que eu ouvi na primeira vez que apresentei essa tese. Ah, foi deprimente, mas reparem só: uns momentos duma série de fatos que nos tiram da rotina, muitas vezes alguns meros raspadinhos super curtos e que assustam pela falta de prática, gerados por movimentos dos olhos e raros para quem não é louco. "Pera aí!" quem é louco é mais livre, é? é. Ria, ria, mas me mostre um autista que não se sinta tranquilo no seu mundo mais do que você se sente nesse nosso mundo, mostre um perturbado que não dance sozinho no meio da fila do banco, mostre um idiota que não acabe com um texto que começou bem, usando uma mensagem subliminar mal criptografada! A-há, mostrem!
Caridosamente eu peço que pare mais pra pensar, reflita com o âmago de seu ser megalomaníaco e veja, enfim, a incomensurável burrice da forma mais antiquada de se criptografar uma mensagem em um texto desses. A famosa mania de muitos pirralhinhos, a coisa mais velha do mundo, mas que até que ficou bonitinha nesse texto aqui.
Rídicula ou não essa crônica me agradou muito, sabe? Ah, é, isso é crônica? Logo logo eu entro em conflito novamente por causa disso (e não, não vou contar qual a forma de criptografia mais velha do mundo). Hoje mesmo eu descrevi esse texto como uma crônica-conto cômica romântica-simbolista-que-no-fundo-no-fundo-é-parnasiana-com-um-toque-de-moderna.
Olha, crônica-conto é por que eu ainda não decidi o que eu quero que seja, e quanto à escola literária é um pouco de cada, romântica por causa da mensagem criptografada que não tem nada a ver com o resto do texto, simbolista por que trata de uma temática interna, uma busca por um subterfúgio da alma, algo realmente profundo e verdadeiro e no fundo é parnasiana por que me digam só, qual a real importância desse texto além de ser pra disperdiçar o seu tempo? Tcharam, pra passar a mensagem criptografada que já tá te torrando a paciência, e que no entanto não é nada de novo, enfim não serve pra nada esse texto, parnasiano. Ainda faltou o toque romântico, hum, pois bem, era só pra entrar em conflito mesmo, todas as escolas literárias que se anulavam e se mordiam, menos o realismo, eu sei, mas eu não classifiquei essa crônica-conto como realista por que eu não xinguei nada durante o texto (você deve ter me xingado, ou vai xingar agora...) a não ser na tal mensagem criptografada; e é cômica por que eu acho que pelo menos eu vou rir quando ver você me batendo por causa da bendita mensagem criptografada =) (sim, eu não quero ponto final no meu texto, fica um rostinho feliz mesmo)