Sobre a questão do crack
Esta pequena crônica se prende única e exclusivamente ao simples fato, de uma notícia publicada em todos os jornais de São Paulo à respeito desta droga, verdadeiramente tão mortífera conforme excerto abaixo:
(......Governo não sabe como tratar craqueiro, diz Drauzio Varella .
Para ele e sociólogo, só próprio crime consegue barrar crack, pois faltam políticas adequadas.
Folha de São Paulo - MARIO CESAR CARVALHO - LAURA CAPRIGLIONE - DA REPORTAGEM LOCAL
Facção criminosa vetou crack em presídios de SP porque ele subverte hierarquia; nos EUA, tráfico tirou a droga do mercado.
Não há crack nas prisões de São Paulo, segundo o médico e escritor Drauzio Varella.
Nos EUA, onde uma epidemia devastou uma parcela dos jovens pobres e negros de 1984 a 1992, o crack deixou de ser um problema de saúde pública de primeira ordem, segundo o "National Institute of Drug Abuse". Há algo em comum entre os dois casos: foi o crime, e não o governo, que resolveu o problema......).
O que causou mais espanto nas reportagens, é que, segundo a informação,esta droga está completamente erradicada nos Estados Unidos da América, e pasmem,não foi uma ação globalizada e radicalizada da polícia americana e, nem dos órgãos de repressão às drogas .Foram os próprios cartéis do trafico que, resolveram acabar com o temível crack.
E isto é algo deveras, engraçado, para não dizer, totalmente cômico. Foram os próprios cartéis da droga nos Estados Unidos, conforme mencionei na crônica Krakolândia, que solicitaram para que, se criasse um modelo de droga que, universalizasse o seu uso,ou seja, para atingir as camadas mais pobres da população e aumentar o faturamento no mercado negro das drogas. Acontece que o tiro saiu pela culatra, pois,por um certo tempo, houve logro neste intento, só que ,esta droga mortífera começou a atingir os negócios no geral e, os cartéis chegaram à conclusão que, o crack gerava mais prejuízos do que lucros e estava atrapalhando os negócios rentáveis, neste submundo das drogas,por isso erradicaram por completo da lista de drogas.
No Brasil ,segundo a reportagem, o PCC resolveu também abolir o crack dos seus dicionários de drogas,mas , não por questões de saúde pública,mas , sim por questões que estavam pondo em conflitos a questão da hierarquia dentro da organização, provavelmente provocando desajustes nela.
Agora pergunto a todos vocês que estão lendo esta crônica. Será que os estados constituídos são tão impotentes diante dos crimes organizados, onde os mesmos chegam ao desplante de determinarem as suas próprias regras de mercados? Fico contristado diante de tanta impotência do poder público para resolver estas questões das drogas e, chego a pensar que,se não houver uma ajuda divina, estaremos todos perdidos diante deste quadro tão avultante e assustador, que é o submundo das drogas e do crack,, mais especificamente pela sua natureza mortífera.
É o que há.