Continuando o Educação à antiga
O que acontece modernamente, é que algumas, muitas crianças, não aprendem a respeitar e nem desenvolvem o “medo” – desafiam indiscriminadamente a tudo e todos, até encontrarem uma força maior a violência radical – a morte!.
Tinha dito que não sabia o porquê disto, mas acho que sei.
É o outro diferencial da educação antiga. Não que a sociedade de há 30, 40, 50 ou mais anos atrás fosse mais simples, era tão ou mais complexa quanto a moderna, com seus e-mail, orkut, twiteer, facebock, celular 3G, televisão digital, valores diversos circulando livremente pelas salas, quartos e “lan houses”. Talvez por isso, a ausência de tanta informação, fosse até mais complexo, antigamente, lidar com os instintos tendo como referência apenas Deus e o Diabo.
O que acontece modernamente, com alguns pais, muitos pais é que eles ficam atônitos com tanta variedade de costumes e valores, tão indecisos com o que podem ou não podem ensinar a seus filhos que nada ensinam, deixando seus instintos fluírem livremente – tudo que a vida social, mesmo ultra moderna, não tolera. Aí é o caos: a incerteza, a instabilidade das condutas parentais – tudo que a criança não precisa.
As mães antigas, com toda a santa ignorância, ofereciam a seus rebentos tudo o que eles necessitavam para um desenvolvimento saudável – a estabilidade da conduta, a certeza do que se podia ou não fazer – neste clima, a criança não deixa de manifestar sua indestrutível vida impulsiva, mas vai civilizando-a, com a proteção familiar, para condutas e atitudes positivas e construtivas, que se tornam capazes, inclusive, de suportar desvios e transgressões que não põem em risco a estabilidade familiar.
É assim, as crianças modernas, como as antigas, precisam exercitar toda a sua vida instintiva, potencialmente perigosa, com a garantia de que não vai sucumbir em si mesma. O que garante isto é um ambiente familiar acolhedor, expressado pelas condutas e atitudes parentais estáveis: compreensão, tolerância e firmeza!