CONVERSEI COM DRUMMOND

CONVERSEI COM DRUMMOND

*Gilda Pinheiro de Campos*

Aproveitando minha ida a Copacabana,

hoje conversei com DRUMMOND...

Fazia tempo que não me sentava

naquele banco da praia p/meditar,

rever,paisagens,

os pescadores com suas

redes pelas manhãs ensolaradas,

o peixe fresco, os barcos coloridos,

crianças brincando,

o Forte de Copacabana,

meu rincão adorado

de tantas lembranças

e tantas saudades.

Mergulhei no tunel do tempo...

A praia cedo com meus filhos,

o caminhar no calçadão...

naquele tempo

ainda era tranquilo e seguro,

a rua em que morei

vizinha do poeta

com suas amendoeiras,

os fins de semana com

meus filhos e seus barulhentos amigos,

em reuniões e brincadeiras,

a missa aos domingos,

minha vida passando

sem graça e emoção,

rotina de dona de casa

massacrada pela mesmice.

Tudo passou como um filme

em branco e preto.

Desta vez não busquei o horizonte,

nem o arco iris com seu pote de ouro.

Apenas divaguei

sobre o antes e o depois.

Como a paisagem muda com

o calor das emoções.

Hoje chorei como sempre choro,

mas reverenciando o meu

atual momento que mesmo de

tristeza e saudade é

de redençaõ de um

passado pessoal improdutivo.

Posso dizer que meu libertador

só bem me fez com seu carinho

e atenção e a ele sou grata.

Conversei com DRUMONND

sem olhar o mar,

sem deixar pegadas na areia,

sem água de coco,

e desse encontro saí reconfortada

com a certeza de que

mudei por dentro e

estou mudando por fora,

que tudo de agora em diante será diferente.

Valeu poeta ,

valeu DRUMMOND pela companhia!!!

Gilda Pinheiro de Campos
Enviado por Gilda Pinheiro de Campos em 25/05/2010
Código do texto: T2279840
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.