VIVA IN...VERSO
Lá vou eu rolando aos trancos
Nas ladeiras dos caminhos
Como que a pedir carinhos
Na poeira dos barrancos!...
Quem nunca se sentiu assim? Abandonado, triste, à deriva, de tal maneira que qualquer tipo de toque, mesmo um tanto agressivo, ainda é recebido como um alento?...
Um tombo, um esbarrão, são maneiras bruscas de perceber-se vivo, inserido no contexto de um mundo às vezes frio, impessoal, em que a pessoa se sente literalmente só...
É... Já passei por isso. Assim como tantas outras pessoas passaram e passarão um dia.
Num mundo imediatista, vivemos apenas uma face da trilogia amorosa: o Fileo, o Eros e o Ágape. Gastamos tempo e vida plena. Perdemos em qualidade, imaginando que só um desses lados contém o sabor da existência. E nos fartamos de cada uma das faces separadamente. O resultado é o desgaste contínuo e inútil. Um buscar da unicidade, que não fica bem compreendido onde se encontra. Tornamo-nos reféns de cada pedaço isolado, e isolados nos sentiremos a vida inteira.
A busca pelo UNO, ou seja, pela plenitude, torna-se um emaranhado de estradas vicinais e desvios, que longe de libertar, nos levam cada vez mais longe da felicidade sonhada.
O que quero mostrar, é que a vida é muito mais complexa do que pensamos e muito mais fácil quando a projetamos. Creio que melhor seria viver de maneira inversa. Pensar primeiro no desfecho que queremos dar à nossa existência, para depois, sim, traçar com segurança o caminho que devemos seguir.
Essa idéia me ocorreu pela forma como escrevo minhas poesias. Sempre as começo pelo final. Coloco-o no papel, e quase magicamente o início e meio surgem em minha mente de maneira clara e precisa. Vertem suavemente, sempre que sinto pronta a forma que desejo atingir.
Acredito que devíamos viver assim.
Inverso.
Em verso
Deixar fluir a nossa vida em poesia, sempre com o final desejado pronto.
Acredito que assim, a viagem seria segura, plena de alegrias. Cada situação nova, longe de assustar, seria um desafio a mais, pois já saberíamos o fim programado e a vida seria somente caminhada.
Sem Dor.
Sem tristeza.
Somente o encanto de chegar...
Lá vou eu rolando aos trancos
Nas ladeiras dos caminhos
Como que a pedir carinhos
Na poeira dos barrancos!...
Quem nunca se sentiu assim? Abandonado, triste, à deriva, de tal maneira que qualquer tipo de toque, mesmo um tanto agressivo, ainda é recebido como um alento?...
Um tombo, um esbarrão, são maneiras bruscas de perceber-se vivo, inserido no contexto de um mundo às vezes frio, impessoal, em que a pessoa se sente literalmente só...
É... Já passei por isso. Assim como tantas outras pessoas passaram e passarão um dia.
Num mundo imediatista, vivemos apenas uma face da trilogia amorosa: o Fileo, o Eros e o Ágape. Gastamos tempo e vida plena. Perdemos em qualidade, imaginando que só um desses lados contém o sabor da existência. E nos fartamos de cada uma das faces separadamente. O resultado é o desgaste contínuo e inútil. Um buscar da unicidade, que não fica bem compreendido onde se encontra. Tornamo-nos reféns de cada pedaço isolado, e isolados nos sentiremos a vida inteira.
A busca pelo UNO, ou seja, pela plenitude, torna-se um emaranhado de estradas vicinais e desvios, que longe de libertar, nos levam cada vez mais longe da felicidade sonhada.
O que quero mostrar, é que a vida é muito mais complexa do que pensamos e muito mais fácil quando a projetamos. Creio que melhor seria viver de maneira inversa. Pensar primeiro no desfecho que queremos dar à nossa existência, para depois, sim, traçar com segurança o caminho que devemos seguir.
Essa idéia me ocorreu pela forma como escrevo minhas poesias. Sempre as começo pelo final. Coloco-o no papel, e quase magicamente o início e meio surgem em minha mente de maneira clara e precisa. Vertem suavemente, sempre que sinto pronta a forma que desejo atingir.
Acredito que devíamos viver assim.
Inverso.
Em verso
Deixar fluir a nossa vida em poesia, sempre com o final desejado pronto.
Acredito que assim, a viagem seria segura, plena de alegrias. Cada situação nova, longe de assustar, seria um desafio a mais, pois já saberíamos o fim programado e a vida seria somente caminhada.
Sem Dor.
Sem tristeza.
Somente o encanto de chegar...