PRIMEIRO SARAU, PRIMEIRA VALSA
Aconteceu dia 20/05/10 o sarau dançante e literário dos alunos do Colégio Batista Mineiro, no qual o meu neto Igor (16 anos) estreou dançando uma valsa com colega sua e declamando poema de sua autoria, inspirado na musa dos seus sonhos juvenis, participando também daquela festa!
O Igor estava elegantérrimo em seu primeiro terno, engravatado, numa pinta de galã global. Seus pais orgulhosos fotografavam tudo, não perdendo nenhum lance do seu pimpolho. Os rapazes e as moças não se continham na sua alegria e entusiasmo, vivendo aqueles momentos esplendorosos, os quais nos remeteram à nossa fase de adolescentes também.
Após a abertura do sarau, o Mestre de Cerimônias foi chamando, um a um, os alunos inscritos para leitura e declamação. Os garotos e garotas o faziam com garbo, impregnados de certo nervosismo mas todos ostentando um belo sorriso nos lábios e faces afogueadas de adolescentes.
Chamado, o Igor adiantou-se, raspou a garganta e mandou bem o seguinte poema da sua lavra:-
“AROMA DOS CAMPOS”
Igor Menezes Gonçalves Rêgo
Sentado sozinho, pensando em minha vida,
Refletindo sobre minha tristeza.
Uma sensação de solidão,
A falta de um sorriso
Que ilumine o meu viver.
Sinto um perfume
Um aroma dos campos,
Tão doce que pareço sonhar.
Procuro sua origem
Então eu a vejo,
Vejo uma flor, linda como o nascer do sol.
As belas madeixas
Refletem a luz da manhã dourada.
Seus serenos olhos me encaram
Com sua bondade e ternura,
Transmitem tranqüilidade, paz,
E seu sorriso, lindo sorriso, me ilumina ...
É a luz que eu tanto procurava! ...
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Efusivos aplausos coroaram a sua declamação, seus colegas gritavam “- Poeta, poeta!” e meu jovem neto, faces ruborizadas, era a própria emoção e alegria personificadas.
Terminadas as apresentações literárias, o Mestre de Cerimônias anunciou o baile, ao som de um afinado conjunto musical. Mal começou e os casais já davam os primeiros passos ao ritmo de uma valsa vienense, “Danúbio Azul”.
E lá vem o Igor empertigado no seu terno, elegante como um príncipe, dançando a valsa com a jovem homenageada por ele em seu poema. Bailavam maravilhosamente sob os olhares de todos, elogiados pelos parentes, amigos e pessoas circunstantes.
Acabada a festa, foi servido um “cock-tail” espetacular, ao fim do qual o povo foi saindo do Colégio num burburinho, cada grupo buscando seus automóveis para o regresso aos seus lares.
Aceite os parabéns do seu avô Betinho e da sua avó Maria Mari, estimado neto Igor. Deus o abençoe e ilumine sempre. Que venham outros eventos como este, para gaudio seu, dos seus pais e sua família, dos seus mestres e de todos os seus amigos e amigas.
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OBS:- Infelizmente não pudemos comparecer ao sarau, pois a Dona Mari foi acometida de um forte distúrbio, desidratou-se e teve de ser hospitalizada. Passou a noite tomando soro e eu ao seu lado no Pronto Socorro da UNIMED/Belô, em Santa Efigênia, saindo só na manhã do dia seguinte (21/05/10). Mas, mental e espiritualmente, estivemos lá! ... Tanto que deu pra redigir esta crônica.
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B.Hte., 25/10/10