Mulher Bruxa

É assim que está sendo chamada a mulher acusada de torturar uma menina de 2 anos, que estava sob sua guarda, em processo de adoção.

Há algum tempo, escrevi aqui um texto em que citei uma frase do psicanalista Sigmund Freud, que diz: “A educação refreia o instinto”. Isso nos faz entender que uma pessoa que cursou faculdade, especializando-se na área do Direito, pelo que exerceu cargos importantes, não deixaria aflorar o seu instinto animalesco. Aliás, os animais cuidam muito bem de sua cria. A crueldade que ela fez com uma criança indefesa enquadra-se num crime hediondo, coisa que ela tanto deveria saber. Entre as agressões físicas e os xingamentos feitos à criança, com palavras ofensivas, ela mesma confessou ter chamado a menina de “cachorra”, mas não via nisso uma ofensa. Disse que “os cães são mais amigos e leais do que muito ser humano por aí”. Sim, muito mais que ela, um ser desumano. Em depoimento, uma testemunha afirma que ela também batia na mãe. A sua crueldade já vem de longe. E agora ainda tenta justificar essa crueldade culpando a criança: “ela estava se recusando a comer e ainda por cima sujava a roupa toda de leite. Perdi a paciência”.

Culpar uma criança inocente?

Seu curso de direito foi para o “beleléu”. E a sua condição de mulher passou mesmo à de “bruxa malvada”. Desta vez, até Freud se enganou.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 25/05/2010
Reeditado em 26/05/2010
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