REQUISITOS
O Rev. Cícero Brazil Ferraz certa vez escreveu no periódico eclesiástico Brasil Presbiteriano o seguinte: “Estamos vivendo o momento do novo. E, como sempre, o novo agasalha em seu conceito algo de misterioso, fascinante, amedrontador e indefectível. Todos nós, humanos, gostaríamos de viver o novo – por sermos históricos – mas nem sempre de correr o ‘risco’ do novo. O que é mais difícil em tudo isso é que o novo provoca mudança e mudar nem sempre é indolor. De certa forma, ao mudarmos, temos que sair do conforto conceitual do conhecido, do dominável, do já sabido. É sair da redoma do velho e alçar vôos ‘arriscados’ rumo ao futuro”.
A igreja primitiva estava vivendo algo novo, algo que nunca tinha sido vivido por eles antes, algo que não lhes era conhecido, algo difícil para o seu tempo e sua cultura. Este fato novo na igreja, na vida dos discípulos precisava de muita sabedoria para ser encarado. Este fato novo na vida dos discípulos precisava da direção do Espírito Santo, pois decisões erradas, precipitadas, sem a aprovação de Deus causariam muitos problemas à igreja, causariam muitas decepções à vida dos discípulos.
Por isso aquela igreja, assim como os discípulos precisavam de requisitos para seguir um novo caminho sem cometer os mesmo erros do passado e com uma nova e maravilhosa perspectiva a sua frente. Assim também deve ser com todos nos dias atuais; é preciso ter requisitos valiosos nesta nova jornada que se apresenta a frente de todos nós. Mas acima de qualquer motivo deve-se ter:
O REQUISITO DA BOA REPUTAÇÃO → No livro de Atos dos Apóstolos no capítulo 6 encontramos um bom exemplo do que é ter pessoas de boa reputação, o texto os diz que foram apresentados vários nomes para que a igreja escolhesse entre eles pessoas que se destacam-se e principalmente tivessem BOA REPUTAÇÃO. Dos nomes sugeridos ficaram sete, dos nomes destes sete evidenciaram-se que eram helenistas, judeus de fala grega, principalmente das terras da Dispersão; um deles, com efeito, não era judeu nato, mas um convertido da cidade de Antioquia. Eram conhecidos como líderes da comunidade helenista na igreja de Jerusalém.
Esse quadro fazia com que surgisse desconfiança da parte de muitos na igreja. Daí a importância de se escolher pessoas que gozassem de Boa Reputação entre eles. Pessoas que tivessem credibilidade, pessoas que, apesar de estarem sujeitas a erros como todo ser humano, pudessem apresentar algo diferenciado ao meio em que encontravam-se.
Me vem a lembrança em que houve um tempo que, para se realizar uma transação financeira, uma compra apenas a reputação da pessoa contava, apenas a palavra bastava como garantia. Hoje, infelizmente, as coisas são bem diferentes, não basta só uma boa reputação e sim uma boa reputação e um bom avalista.
Com certeza hoje é necessário, assim como naquele tempo, seguir esse bom exemplo e estarmos atentos aos que se apresentam nas casas nesse período de interesses diversos e analisar bem quem realmente tem Boa Reputação para merecer a confiança de todos.
Se queremos ver nossos problemas, pessoais e coletivos resolvidos, precisamos nos encher de sabedoria, sabedoria vinda da nossa percepção e acima de tudo vinda do Espírito Santo para não cair no ostracismo do erro novamente. Precisamos conhecer bem os que se apresentam para não sermos achados como ignorantes. Cada um aqui precisa preencher este requisito. O requisito da sabedoria para encontrar aqueles de Boa Reputação. Cada um aqui precisa agir com sapiência para assim também sermos chamados de pessoas de Boa Reputação!!!
LUIS CLAUDIO DE ROCO – Teólogo – Conferencista