Com rumo sem planos I
BR, carros transitando, um bar, um garoto parado e inquieto, com cara de cansaço. O primeiro ônibus que passou ele subiu, vestia uma camisa preta, por cima uma xadrez, em baixo uma calça jeans com uma bota normal também. Paga a passagem e se põe a dormir na ultima poltrona, cara de cansaço.
Primeira parada, um restaurante extremamente limpo, bem arrumado, organizado e abusivo devido a ter o monopólio da redondeza, lhe custaria os olhos da cara (sou doido pra saber de onde vem esta frase) se comprasse aquela coxinha de R$2,60.
E_ Puta merda moça, essa coxinha é sagrada ou milagrosa? Nem ouro vale isto tudo.
M_ Mas é gostosa menino!
E_ Deixa pra lá...
Então o rapaz, moço, ou qualquer outra nomeação parecida vai pra fora do restaurante e fica esfregando a sua bota de empresa em um cachorro mendigo, ao mesmo tempo, conversa com uma senhora:
E_ Cachorro mansinho este né!
P_ É, gosta de carinho igual agente.
E_ Pena que vai morrer cedo, ta cheio de carrapato.
P_ Pena mesmo, e agente não pode fazer nada né.
E_ Poder agente pode, mas não faz...
P_ É, de certa forma.
E_ Não, agente não faz de nenhuma forma mesmo...
Então ela desvia a conversa e grita com voz de perua para o trocador:
P_ Moço, num vai colocar minha mala para dentro não!?
_ Sim, só vou pegar o adesivo.
P_ A ta, cuidado que é nova ta?!
Enzo (chamarei assim o rapaz por motivos óbvios) então entrou no ônibus e pensou, quando chegar em Nova Era (minha cidade) vou escrever sobre a viagem.
Continua no próximo capítulo...
Obs: Este vai continuar mesmo.