A DENGUE E O LIXO...DA CIDADE
Dos velhos assuntos de sempre...
Faz alguns dias que, perdida do meu caminho por alguns pontos da minha Sampa, eu realmente fiquei perplexa com o abandono da limpeza da cidade. Não sabia que a situação era tão drástica!
Isso sem contar os buracos espalhados por todos os lados, que já não são novidade para ninguém.
Crescem a cada dia, bem como seus avisos no entorno, verdadeiras edificações que sinalizam que "ali há um buraco".
Todo mundo vê, menos a prefeitura.
O que espanta, é que a epidemia de dengue que assola todas as regiões da cidade, continua a fazer suas vítimas de modo bem democrático: não poupa ninguém.
É claro que grande parte da culpa é da população que continua a não cuidar do seu lixo.
Porém o que estarrece é que o poder público também não cuida da parte que lhe cabe...um a jogar a culpa no outro, enquanto o mosquito faz a festa!
O que vi naquele dia, perdida por alguns locais mais escondidos e de difícil acesso, é de chocar.
Montanhas de lixo urbano, a empoçar águas "limpas", verdadeiros ciriadouros de Aedes a céu aberto!
E de fato, alguém me chamava atenção, quanto às edificações públicas totalmente abandonadas, e emolduradas por lixo e mato bem alto.
Também não é novidade que já é "cultural" a construção de equipamenntos públicos, anunciá-los à população em época eleitoral, porém muito pouco se investe na manutenção dos equipamentos, que passam a ser "sucatas funcionantes", isso quando funcionam!
Temos muitas delas por aqui.
É só sair nas ruas com os olhos mais espertos, que veremos não apenas a cidade, mas muito dos seus órgãos deveras abandonados.
Passei por uma praça recém formatada, totalmente ocupada por verde mato. Penso ser uma consciência ecológica equivocada que adminstra tanto mato...e tanto lixo...
Triste de se ver num país que contabiliza nos últimos tempos a maior arrecadação de impostos nunca dantes efetuada com tanta voracidade, aonde, no mínimo, quatro meses da força do trabalhador se esvai para o ganho do que não fica no seu bolso e muito menos reverte a seu favor!
Decerto, deva ser muito mais caro para o munícipe morar numa cidade limpa, e ao que parece, a limpeza ainda não saiu do papel, muito menos da propaganda.
O inferno sempre esteve cheio das boas intenções.
E para terminar sem ironizar, ontem recebi um telefonema de gravação padrão, veiculada pelos órgãos competentes da vigilância sanitária, para que as pessoas se conscientizem no combate a dengue, a não acumularem seus lixos e sucatas, bem como a cuidarem de seus vazinhos de plantas caseiras.
Difícil, hein?
Que tal começarmos pela limpeza das vias públicas e de tantas praças que se comportam como lixões a céu aberto, na maior cidade do país?
Senão correremos o "mico" de atolarmos a nós e às nossas plantinhas bem cuidadas no inferno da dengue lá de fora...das nossas casas!
Paradoxo também tem limite...assim como a boa fé de quem paga todas as contas.