ESCÓRIA DA IGREJA. PEDÓFILOS. FÉ E CRIME. AVANÇO DE CRISTO.

Estou ainda em “jet leg” e indisponível para escrever, em princípio, mas lendo “Tempestade sobre Roma”, publicado hoje em “o Globo”, da lavra de Luiz Paulo Horta, não posso silenciar. Fala de crise no catolicismo, crescimento de outras crenças, fazendo comparações, além da pedofilia e venda de igrejas na Europa. Desconheço o segundo fato e conheço bem o primeiro.

É bom que se saiba que continua inabalável a fé em Cristo, como a grandeza do cinzel de Michelangelo e de Bernini em suas criações incorporadas pela fé católica, tanto na “Pietá” quanto no “Êxtase de Santa Thereza D‘ Ávila”, somente para citar grandiosidades entre muitas. E não mais se sobe de joelhos a “Scallera Santa” em São Giovanni Laterano, em Roma, quase sozinho como antigamente se fazia, existem filas para subir os aproximados trinta degraus que Cristo subiu para ser julgado por Pôncio Pilatos, levada a “Escadaria Santa” para Roma pela esposa de Constantino, imperador romano que entronizou o catolicismo no império romano. É A FÉ CRISTÃ, A PRESENÇA DO CRISTO QUE CORRE CONTEMPORANEAMENTE MAIS FORTE O MUNDO.

O amor incondicional do Cristo continua a aproximar multidões indiferente aos crimes cometidos pela escória que fez ou faz parte da instituição, os pedófilos. E o catolicismo foi e é a maior congregação dessa fé.

Fiquei frustrado por não poder entrar mais uma vez no Vaticano. Não fico em fila de dez pessoas para entrar em restaurantes. Tenho horror a filas. No Vaticano, onde nas décadas de oitenta e noventa se entrava tranquilamente, hoje são necessárias de oito a doze horas para entrar na igreja. Não falo nos “Museus do Vaticano” nem nas tumbas papais, onde se encontra João Paulo II, febrilmente incensado.

Questionei em pequenas lojas de lembranças próximas ao Vaticano a razão das multidões que em aproximados vinte anos de visita nunca vi, me responderam que era assim diariamente, da abertura ao fechamento, no ano inteiro.

Lá não ia desde 2006. Centenas e centenas de pessoas se enfileiram, não em fila indiana, em lotes de dez vinte pessoas. Nunca vi isso. As igrejas na Europa estão todas abertas, limpas e frequentadas. A Igreja de Saint Louis D’Antin na Rua de Caumartin em Paris, onde anos seguidos passava e estava fechada, nunca consegui entrar, encontrei aberta o dia inteiro (me hospedo próximo), todos os dias que na cidade fiquei, limpa e frequentada.

Em Roma os quadros de Caravaggio, que ficavam em altar lateral escuro (revelação de São Paulo e crucificação de São Pedro) na Igreja de Santa Maria Del Popolo, obtiveram iluminação, a igreja está toda restaurada, o mesmo podendo-se dizer de todas, das mais célebres às menos conhecidas, plenas de visitação, as mais famosas com filas.

No sul da Itália ou na Toscana, todas, todas as igrejas abertas e limpas, acima de tudo cheias, inclusive em locais onde o dito “glamour” afasta das igrejas as pessoas. Parece que todos despertaram um pouco mais para o grande chamamento, o que me colocou feliz.

Onde viu o articulista venda de igrejas na Europa ou crescimento de evangélicos? A primeira proposição desconheço e não foi particularizada no articulado, a segunda só se for no despreparado Brasil, onde infelizes são cooptados em suas ignorâncias para ratificarem milagres impossíveis e darem seus dinheirinhos a esses crápulas estelionatários como testemunho na TV, a levantarem cadeiras de rodas em visível ato simulado, para que comprem aviões sofisticados e helicópteros, uma malta próxima dos políticos, até porque muitos são políticos e bispos(?).

Por outro lado, faz parte dessa quadrilha da imoralidade, a escória do catolicismo escondida sob os hábitos eclesiásticos, pedófilos, vivendo e sobrevivendo dos recursos da igreja, fazendo de excremento como deles assemelhados são, seus votos jurados.

São os guerrilheiros da inocência que militam contra o maior valor humano expectante do que pode existir de melhor, a pureza da infância. São os fantasmas que espreitam suas vítimas nas sacristias, que fazem da Casa de Deus o fosso do inferno, a “bolgia” de Dante Alighieri. É um mal superlativo, esse sim imprescritível crime, nessa época em que tanto se fala de imprescritibilidade.

Acima de tudo está Cristo. A Igreja como toda instituição é humana, basta expurgar sua escória; os pedófilos. Aos governos pela competência facultada por força de lei, esquecidos do voto, impõe-se impedir credos que afrontam a ordem pública, professando e cometendo princípios criminosos, estelionato e curandeirismo, fatos típicos penais, levando também a Igreja Católica, às barras dos tribunais após expurgo de seus quadros, os pedófilos revelados, como compulsório agora por determinação oficial e de cunho legal emitida por Bento XVI.

E QUE CRISTO CONTINUE SUA SERENA CAMINHADA ETERNA, TRAZENDO LUZ PARA AS TREVAS EM QUE VIVEMOS.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/05/2010
Reeditado em 25/05/2010
Código do texto: T2274192
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