Eu, o teclado, o monitor e o relógio.
Coloquei o computador no Word e, sem trégua,
Comecei a despejar tudo o que tinha dentro de mim.
Lutei com cada palavra, cada frase, cada lance, cada imagem,
E cada letra como se fossem as últimas que jamais escreveria.
Escrevi e reescrevi cada linha como se minha vida dependesse
Daquilo e, depois escrevi de novo...
Toda companhia que eu tinha era o eco incessante do teclado,
Perdendo no quarto escuro, só tinha mesmo o clarão do monitor,
Que amenizava toda aquela escuridão.
E o relógio no canto da tela esgotando os minutos,
Que restava até o amanhecer...