“QUIETUDE”
 
                                             
                                      É preciso o silêncio.
                                  Quero silêncio
                          Nem um olhar eu necessito
                              Quebraria meus ossos
                                         Nada
                               A quietude procuro
                Assim escuto tudo que me absorve e domina.
                        Maneira sutil e eterna de amar.
 
                         (Quietude / Yasmine
Lemos) 
 
 

Quietude... É dela que eu necessito, é de dentro de mim que terei que arrancá-la. E, feito a poeta dispenso  a placidez de um olhar, também os meus ossos quebrariam.  Já me basta o silêncio desta noite insone, que nem ao menos me dei ao trabalho de sabê-la estrelada e com lua. Palavras ? Não desejo ouvi-las, não mais me interesso por vidas faladas, sentimentos declarados. É do silêncio que corro atrás. Hoje, não apelaria nem para o meu espírito de cabrito-montês, não escalaria nem os montes suíços para proclamar um eu te amo, eu te amo, eu te amo. Se lá chegasse, era para abrir os braços e gritar a pleno pulmão: LIBERDADE, LIBERDADE ABRE AS ASAS SOBRE MIM! Para em seguida mergulhar  num vôo tão cego quanto de um morcego...
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 21/05/2010
Reeditado em 21/05/2010
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