O SEXO A CULTURA MORAL E ÉTICA DOS ANOS 50
O SEXO A CULTURA MORAL E ÉTICA DOS ANOS 50
As primeiras famílias do nosso distrito mantiveram uma conduta rígida e conservadora. A moral e ética herdada pela tradição paterna, regeram por longos tempos a conduta das gerações que nos antecederam. Partes destes conceitos estavam presentes durante minha infância e juventude.
As palavras eram pronunciadas com todo respeito, os gestos e modos, estavam sempre sobre censura. Às mulheres eram obrigatoriamente recatadas, se vestiam com modéstia e pudor. Teriam que manter uma postura descente ao se locomover ao se assentar e e.t.c.. Os namoros Periciado pelos pais, com uma vigilância acirrada. Isto pelos mais modernos, porque muitos casamentos eram negociados. Houve casos de casais que só se conheceram no dia do casamento.
Os pais ludibriavam os filhos de forma tão erronia, que eles, teria que aprender sobre sexo fora de casa; era um sigilo absoluto o sexo era um tabu intocável e inquebrável. Era terminantemente proibido falar sobre sexo. algumas jovens casavam tão desinformadas a ponto de serem devolvidas aos pais após o casamento. Outras sofreram grandes decepções, por não terem um mínimo de conhecimento a respeito de sexo.
As crianças foram educadas de maneira tão inocentes, que nem percebiam as modificações no corpo da mãe durante a gestação. Ensinou-nos a tradição que os bebês eram trazidos, sem lá de onde, pelo avião, e entregue para a vó parteira sempre em altas noites, sendo que as mesmas os repassavam às mães. Isso no campo e nas pequenas aldeias. Nos centros urbanos mais evoluídos esta missão coube a cegonha, o que simbolicamente permanece até hoje como metáfora tradicional.
Os partos eram realizados nos domicílios assistidos pelas parteiras, como única alternativa da época. As parteiras geralmente eram mulheres idosas experientes, recebiam como gratidão o carinho dos rebentos que nasciam em suas mãos, que as cultuavam chamando-as de vó.
Nasci pelas mãos de vó Chica, uma senhora que assistiu centenas de mulheres por estas redondezas, e foi muito querida por todos. Aqui no Engenho tivemos uma parteira muito famosa, dona Inhana, mãe de um grande líder político Getulio Fidelis e de José Gomes, ambos farmacêuticos que desempenharam um papel fundamental na comunidade. Ficou famosa como parteira e pela cordialidade de seu cafezinho que fazia questão que todos provassem.
Outras que tiveram um papel fundamental em nossa cultura foram às mães de leite também muito respeitadas e cultuadas pelos filhos do primeiro leite. Vizinhas solidárias, que amamentavam os bebês até o aleitamento da mãe. Tive a minha também a quem eu chamava mãe Luisa. Uma pessoa calma e bondosa, doce e gentil. Ficava sempre lisonjeado, quando minha mãe afirmava que eu herdara algumas de suas qualidades, influenciado pelo primeiro leite cedido por ela, com o qual me alimentei pela primeira vez.
O SEXO A CULTURA MORAL E ÉTICA DOS ANOS 50
As primeiras famílias do nosso distrito mantiveram uma conduta rígida e conservadora. A moral e ética herdada pela tradição paterna, regeram por longos tempos a conduta das gerações que nos antecederam. Partes destes conceitos estavam presentes durante minha infância e juventude.
As palavras eram pronunciadas com todo respeito, os gestos e modos, estavam sempre sobre censura. Às mulheres eram obrigatoriamente recatadas, se vestiam com modéstia e pudor. Teriam que manter uma postura descente ao se locomover ao se assentar e e.t.c.. Os namoros Periciado pelos pais, com uma vigilância acirrada. Isto pelos mais modernos, porque muitos casamentos eram negociados. Houve casos de casais que só se conheceram no dia do casamento.
Os pais ludibriavam os filhos de forma tão erronia, que eles, teria que aprender sobre sexo fora de casa; era um sigilo absoluto o sexo era um tabu intocável e inquebrável. Era terminantemente proibido falar sobre sexo. algumas jovens casavam tão desinformadas a ponto de serem devolvidas aos pais após o casamento. Outras sofreram grandes decepções, por não terem um mínimo de conhecimento a respeito de sexo.
As crianças foram educadas de maneira tão inocentes, que nem percebiam as modificações no corpo da mãe durante a gestação. Ensinou-nos a tradição que os bebês eram trazidos, sem lá de onde, pelo avião, e entregue para a vó parteira sempre em altas noites, sendo que as mesmas os repassavam às mães. Isso no campo e nas pequenas aldeias. Nos centros urbanos mais evoluídos esta missão coube a cegonha, o que simbolicamente permanece até hoje como metáfora tradicional.
Os partos eram realizados nos domicílios assistidos pelas parteiras, como única alternativa da época. As parteiras geralmente eram mulheres idosas experientes, recebiam como gratidão o carinho dos rebentos que nasciam em suas mãos, que as cultuavam chamando-as de vó.
Nasci pelas mãos de vó Chica, uma senhora que assistiu centenas de mulheres por estas redondezas, e foi muito querida por todos. Aqui no Engenho tivemos uma parteira muito famosa, dona Inhana, mãe de um grande líder político Getulio Fidelis e de José Gomes, ambos farmacêuticos que desempenharam um papel fundamental na comunidade. Ficou famosa como parteira e pela cordialidade de seu cafezinho que fazia questão que todos provassem.
Outras que tiveram um papel fundamental em nossa cultura foram às mães de leite também muito respeitadas e cultuadas pelos filhos do primeiro leite. Vizinhas solidárias, que amamentavam os bebês até o aleitamento da mãe. Tive a minha também a quem eu chamava mãe Luisa. Uma pessoa calma e bondosa, doce e gentil. Ficava sempre lisonjeado, quando minha mãe afirmava que eu herdara algumas de suas qualidades, influenciado pelo primeiro leite cedido por ela, com o qual me alimentei pela primeira vez.