Lula atômico no país dos Aiatolás
Eu já entendi tudo! Finalmente o quebra-cabeça que tem as fotos de Mahmoud Ahmadinejad, Lula e Chávez impressas começou a ser finalizado com a sobreposição das últimas peças. Partindo para o final sem mesmo discutir o início estas três figuras patéticas e totalmente desequilibradas mentalmente quiseram dar um grande golpe nos Estados Unidos e todo Conselho de Segurança da ONU, mas acabaram se dando muito mal!
Obama, que já chegou a chamar Lula de “o cara”, pode parecer tudo, inclusive infantil, mas de trouxa ele não tem nada e acaso tenha qualquer indício internamente desta característica, com certeza reúne em seu gabinete uma constelação de espertos assessores que conhecem tão bem o tema “armamento nuclear” muito antes de Lula ter sabido assinar seu nome.
A idéia era juntar figuras polêmicas, a exemplo de Ahmadinejad, Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Fidel Castro e os malucos da Líbia e Síria para darem o famoso golpe branco nos Estados Unidos, mostrando ao mundo que eles sempre foram incompetentes e que o problema do Irã padeceu até hoje apenas por falta de diálogo.
Se desse certo a estratégia da quadrilha internacional o mundo enxergaria novos líderes e começaria a discernir que nem sempre o “terror” está encravado nas terras e corações de quem desejam estudar os efeitos do enriquecimento de materiais radioativos. Se a estratagema internacional desse certo Ahmadinejad sairia como grande herói do Oriente e mesmo negando publicamente o Holocausto, o que o coloca automaticamente como admirador de Hitler, poderia liderar uma grande marcha para a libertação da Palestina, das garras do que eles chamam de “impuros” e quem sabe, deflagrar mais um enorme e inútil derramamento de sangue.
Mas aonde entra a figura de Lula? Altamente controlado por Chávez, pelo qual nutre admiração e temor, Lula entrou de “gaiato” neste Titanic sem rumo e sem direção. Todos devem lembrar o que Lula dizia dos Estados Unidos e de seus aliados quando ainda era um simples operário inútil; depois disso, já famoso e ocupando uma cadeira de Parlamentar Federal, ele continuava seus discursos ultrapassados e ferinos contra tudo e todos que fizessem qualquer tipo de menção a Washington. Depois de algumas tentativas fracassadas, “o cara” se elege Presidente e consegue uma reeleição histórica.
Com os ideais completamente corrompidos, uma turma de assaltantes de consciência ao seu lado e uma mente fraca, dominada e vazia, era o sinal verde para que líderes como Chávez e Fidel, que já o ajudou no passado, entrasse em cena para controlá-lo por inteiro e o fizesse de “a grande marionete latino americano”. Lula entraria em cena com o diploma de sério e competente, com a chancela de quem levou o Brasil ao desenvolvimento pleno sem precisar em tese de mais ninguém, mas primeiro, alguns outros planos deveriam ser executados para deixar a imagem de “o cara” ainda mais irrefutável. Lula precisaria aparecer mais no cenário internacional e provar ao mundo que era capaz de controlar situações adversas.
O Brasil entrou em rota de colisão com a própria Venezuela com questões de combustíveis; com o Equador e com a Bolívia pelas mesmas razões; depois esteve no epicentro de outro furacão internacional sem a menor necessidade de aquele estardalhaço todo, que foi o caso de Ingrid Bittencourt, que já estava armado para dar notoriedade a Chávez e ao Lula; em seguida vieram as questões envolvendo tal de José Manuel Zelaya Rosales, ex-assaltante de Honduras; também teve a ajuda financeira ao Haiti onde o Brasil já mantinha tropas sob rótulo da ONU e para encerrar a carreira do barbudo, faltava uma grande polêmica; uma polêmica que o deixasse no topo dos topos e acima até mesmo de Obama; faltava mexer com os nervos do mundo e as questões da Palestina e Irã.
Primeiro veio à história de Ahmadinejad visitar o Brasil, que desistiu e depois veio mesmo e foi recepcionado por Lula com honrarias históricas. Sabe-se Deus o que conversaram as portas fechadas, mas temos certeza que coisa boa não foi! Ahmadinejad saiu do Brasil com algumas certezas e uma delas era que Lula iria retribuir-lhe a visita, mas antes disso, uma pausa; Lula precisaria se meter também entre os Palestinos e Israel. Foi humilhante ver o Presidente de meu país sendo ignorado em Israel! Não que eu seja adepto da afirmação de quem “em briga de marido e mulher, ninguém deve meter a colher”, mas para entrarmos numa confusão histórica, no mínimo devemos entendê-la, se é que isso é possível!
Lula vendeu sua alma para Deus e para o Diabo, no sentido de conseguir no mínimo a sua própria salvação, seja no Céu, seja no inferno, mas o que conseguiu mesmo foi penar no purgatório, que, aliás, um purgatório solitário e sem nenhuma qualificação de apontamento que o fizesse subir ou descer, mas continuou em seu plano de dominar o mundo com sua humildade e de no mínimo, colocar seu nome nos livros de história contemporânea!
Com o rabo entre as pernas e amargando a humilhação de ter ido à região de conflitos do Oriente Médio sem nada ter conseguido de efetivo, voltou-se a ajuda ao Irã para tentar pela última vez sair daquela sinuca de bico. Seria tudo ou nada! O plano que envolve a máquina do mal iraniana e seus aiatolás enlouquecidos teria que dar certo e se não desse, como não deu, eles culpariam os Estados Unidos pelo fracasso, uma vez que eles tinham por certeza que a ONU e o Conselho de Segurança os apoiariam, mas não foi isso que aconteceu.
À surdina Lula e um bando de lunáticos foram ao Irã e costuraram junto com a Turquia um plano de fortalecimento dos países emergentes, tendo por associados os países que pretendem um dia chegar lá. Na maleta uma idéia simples que não comprometeria os planos do Irã na fabricação da bomba atômica, mas que diria ao mundo o quanto eles queriam colaborar. Eles depositariam uma quantidade pequena de urânio enriquecido em 5% por outra muito maior do mesmo urânio enriquecido em 20%; na justificativa, que ninguém acreditou, este material serviria para fins médicos.
A Turquia ainda temerosa dos efeitos colaterais que o acordo poderia provocar titubeou, mas aceitou, muito mais por pensar na vaga do Conselho de Segurança da ONU e o grande acordo fora selado, com Lula, Ahmadinejad e seus asseclas posando para uma foto histórica de mãos dadas e voltadas para cima, como se fosse o sinal da vitória; mas eles se esqueceram de se asseverarem com a China e a Rússia, que até então pendiam em ajudá-los, mas se sentiram traídos e deram voto contrário na própria ONU sem mesmo analisarem os tópicos do acordo de bosta e tudo volta como dantes no quartel de Abrantes!
O menino Lula e sua comitiva não esperavam que a reação de China e Rússia fossem aquela; no mínimo eles esperavam que as duas potências fossem ficar inertes, com a torcida deles inclusive os ajudarem nesta etapa de consolidação de Lula como grande líder, mas como se diz no ditado popular: “cachorro mordido de cobra tem medo de lingüiça”; China e Rússia sabem muito bem o que é apóia gente desmiolada e quais conseqüências isso pode trazer de mal para eles, portanto, viram a chance de cortar o mal pela raiz e mandar Lula para seu devido lugar, o Brasil; no máximo para a Venezuela!
Pego de surpresa com os votos favoráveis da China, França, EUA, Grã Bretanha e Rússia para mais um embargo contra o Irã, Lula ficou mudo diante da imprensa que o interpelou e seu assessor mor, Marco Aurélio Garcia, que entende muito de gestos obscenos e pouco de política, já havia adiantado que caso algo desse errado a culpa, como sempre, seria dos Estados Unidos da América.
E agora José? Agora o Irã continuará sua peregrinação para sair do buraco, que, aliás, sempre esteve e não vai mudar nada, correndo o sério risco de ter o mesmo final do Iraque e Afeganistão; Chávez permanecerá em sua luta democrática para calar a Venezuela; Fidel estará esperando a morte; Obama continua sendo o centro das atenções; China permanece vendendo suas tranqueiras para o mundo; Rússia continua falando muito e o Brasil continua sendo comandado por alguém que fala muito, não faz nada e quando resolve fazer, na linguagem popular só faz cagaço!
Quando eu era criança pequena, não em Barbacena, mas em Feira de Santana, meu pai sempre me disse para eu nunca interromper a conversa de adultos; eu também já ouvi muito outra frase muito comum no Nordeste, que quando adultos conversavam “menino e cachorro, fora”; pois então, Lula já deveria ter sido alertado, principalmente, porque dentre seus prosélitos não há somente os retardados, ainda restam, mesmo em pouco número, pessoas boas e coerentes que já deveriam tê-lo orientado para não cometer tantas asneiras e não expor ao ridículo a nossa imagem no exterior.
Política internacional, infelizmente, não ficou para os que querem fazê-la, mas sim para os que podem entendê-la com maestria. Eu aprendi que para mediar um conflito, no mínimo precisamos ler a respeito e saber fazer interpretação de texto, sinais e provas; sem estas regras básicas não passaremos de meros ridículos metidos a sabichões; e o pior é que, quem de fato entende do tema, pode não externar de modo explícito, mas ri por dentro e nos põe como infantis ou aproveitadores.
Eu sei que a turma do PT vai minimizar o problema; sei que Romero Jucá irá dizer diante da TV que o Presidente esteve imbuído das melhores intenções e que a Dilma dirá que FHC, com toda inteligência de quem lhe é atribuída, nem isso fez; também sei que 90% do povo brasileiro não estão nem aí se o Irã está na Ásia ou se mudará para o Brasil e quem em poucos dias isso sequer será lembrado; da mesma forma que tenho absoluta certeza de que o próximo Presidente, seja ele quem for, terá fortes dores de cabeça por causa deste e de outros episódios descabidos onde o Brasil posa de bom em campo desconhecido!
Enquanto a turma com sede de poder fica aqui costurando acordos para detonar o Brasil, Lula permanece na sua epopéia megalômana de viajar para dizer a todos que tem amigos internacionais. Quero estar vivo para ver qualquer um assumir o Planalto e que não seja a Dilma e ver como o Lula se comportará diante de tantos amigos após o Poder...
Napoleão Bonaparte, após ler Maquiavel em O Príncipe, já dizia: que nesta vida, nascemos para ser reis ou peões...
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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