Eu, robô
O título deste post faz referência a um livro de contos do escritor Isaac Azimov, um dos maiores mestres da ficção científica. Na década de 1950, ele já tratava de temas que hoje estão cada vez mais em moda na sociedade atual, que é a robótica. De forma muito lógica, Azimov explicava o conceito das máquinas e ainda hoje seus livros apontam para um futuro possível no universo da tecnologia. Em todos os livros que trata deste tema, ele definiu um padrão recorrente: as três leis da robótica, que são uma programação que sempre seria obedecida pelos robôs, não importasse o que acontecesse. Para comparar, a programação é como uma informação que você insere numa máquina. Por exemplo, quando você programa sua lavadora de roupas, ou despertador, computador etc, o resultado será do equipamento agir conforme o que foi pré-determinado.
Da mesma forma que o ser humano acredita ter sido criado à imagem e semelhança de Deus, hoje a Ciência busca criar robôs que imitem o padrão humano. Mas a recíproca é verdadeira: o corpo humano é como uma máquina perfeita que combina engenharia física, química e eletrônica. E, da mesma forma que os robôs de Azimov também recebemos uma programação para determinar nosso comportamento, vide os 10 mandamentos bíblicos. E, somando, temos a regra moderna de que política, futebol e religião não se discutem. Tal qual um robô não questiona a sua programação, não questionamos a política, e ela é vulgarizada por maus agentes públicos. Não questionamos o futebol e as torcidas organizadas fazem deste esporte um meio para propagar a violência. E, por fim, não questionamos a religião e perdemos a oportunidade de deixar de sermos máquinas repetidoras de padrões ultrapassados.