O que é a FELICIDADE?

Muitas vezes, quis saber o endereço da felicidade e, assim, procurava entender o que é ser feliz. Muitas vezes, confundi gargalhadas com alegria e lágrimas com tristeza; ledo engano. Podemos chorar de alegria e rir para disfarçar a agonia que o interior esconde. Nessa busca, incessante, pela felicidade, investi em bens materiais, mas criei débitos com minha paz. Amealhar pode comprar o que se quer, todavia, deixa os débitos da hipocrisia. Realmente, dinheiro não traz felicidades, pode até comprar, mas as prestações podem ter juros altíssimos.

Ser feliz, realmente, é complicado; entender a felicidade é mais difícil ainda. O bêbado pode até cantar sua alegria, fazer sua farra, mas, a ressaca é de uma tristeza fúnebre. Alucinógenos dão uma “onda”, mas o “caldo” nos leva ao abismo do mundo. Não há fórmulas para ser feliz, isso sim, eu descobri. Contudo, o certo é não sair, desesperadamente, atrás dela, porém estar sempre atento para os sinais.

A felicidade não está por aí, não anda com celular e nem tem endereço fixo. A felicidade está dentro de nós mesmos, cantando e brincando em nosso âmago. Canções eufóricas não trazem alegria, nem carnaval é sinônimo de festa. A vida pulsa no interior, o que vem de fora nem sempre move o moinho das emoções.

A sabedoria nos ensina que tudo é apenas momento; que há tempestades, todavia, a bonança sempre vem. O jardim precisa de um dia de sol, contudo, sem a chuva as flores não nasceriam. Então podemos concluir que a alma precisa de ser feliz, mas tristeza, às vezes, deve ser bem-vinda. Alegria demais pode ser imbecilidade e tristeza exagerada é depressão. À medida certa é o ideal. E qual é essa medida? A resposta está nas coisas mais simples, basta olhar o mundo com os olhos de poeta. O sol, o mar, o amigo, a mulher, o filho, os pais; a felicidade está por aí, ou melhor, ela está pulsando no coração daquele que sabe entender o início, o meio e o fim.

Mário Paternostro